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Presidente do TJ-MT reclama que servidores perdem tempo na internet, até com pornografia

De Barra do Garças - Ronaldo Couto

A cidade de Barra do Garças (500 km de Cuiabá) sediou, na terça-feira (26), audiência pública sobre o planejamento estratégico do Judiciário de Mato Grosso com a presença do presidente do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJ-MT), desembargador Orlando de Almeida Perri e autoridades locais. Foram discutidos projetos para tornar a Justiça mais rápida, mas o que chamou atenção foi a "puxão de orelha" que Perri deu nos servidores.

Ele revelou números de uma pesquisa sobre o acesso à internet nas comarcas de Mato Grosso onde 50% dos acessos seriam em sites de notícias. No entanto, o que mais preocupou foram os 4% que acessam pornografia. Perri fez um apelo para que os funcionários parem com esse tipo de atividade e se dediquem mais ao trabalho, para dar mais celeridade aos processos. “A sociedade nos cobra isso e este é nosso papel”, frisou.

O comentário de Perri silenciou o auditório do fórum por alguns minutos, porém essa situação de ficar na internet quando está trabalhando é uma realidade que afeta tanto o serviço público como o privado. Tanto é que alguns órgãos estão colocando bloqueadores para evitar o acesso a rede social e pornografia.

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Perri disse os custos que envolvem o funcionamento de uma comarca e cobrou resultados. Ele citou o caso da comarca de Novo São Joaquim que entre salários e manutenção custa em R$ 1,5 milhão, mas que estaria com uma produção baixa no andamento de processos.

O desembargador acredita que uma solução para acelerar a tramitação dos processos seria a contratação de auxiliares de juízes para atenderem no interior. Participaram da audiência com Perri, o prefeito de Barra do Garças Roberto Farias e presidente da Câmara Municipal Miguelão Moreira que pediram a realização de um mutirão para julgar as 600 ações pedindo usucapião no bairro São José.
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