Imprimir

Notícias / Geral

Henry afirma a juiz que estava consultando seu advogado e não “passeando” na avenida do CPA

Da Redação - Katiana Pereira

Em audiência realizada na tarde de terça-feira (1º) na 2ª Vara Criminal, o ex-deputado federal Pedro Henry (PP), informou ao juiz Geraldo F. Fidelis Neto, que em relação aos fatos noticiados na semana passada, de que estaria “passeando” na avenida Historiador Rubens de Mendonça (a do CPA) quando foi fotografado por um jornalista, na realidade estava consultando seu advogado, que possui escritório no local.

Conforme o site HiperNotícias, na manhã de quinta-feira (27), Henry foi flagrado na avenida do CPA, no horário em que deveria estar trabalhando no Hospital Santa Rosa. Fidelis foi informado sobre a foto e pediu informações do reeducando sobre os motivos que o levaram a deixar seu local de trabalho no momento do expediênte.

Juiz quer explicações sobre motivos de Pedro Henry estar "desfilando" na avenida do CPA

Em despacho proferido após a audiência, o magistrado observou que a justificativa apresentada por Henry é plenamente plausível em relação aos fatos que a ensejaram. "Acontece que, no dia anterior ao que a foto foi tirada, este juízo proferiu decisão contrária ao interesse do Sr. Pedro Henry Neto, o que facultou ao mesmo o direito de se inconformar com o “dicisum” e, deste modo, buscar opor o recurso que a lei prevê. Oras, toda pessoa tem direito a ampla defesa e, havendo irresignação a cerca de qualquer decisão, pode buscar auxilio do profissional do direito para defender seus interesses", diz o magistrado no despacho.

Aproveitando a audiência, a defesa de Henry peticionou requerendo à autorização para o trabalho de oito horas diárias no Hospital Santa Rosa. O magistrado salientou que o pedido esta de acordo com o artigo 33 da Lei de Execuções Penais (LEP). "Portanto, acompanhando o parecer ministerial, ACOLHO o pedido da defesa, para AUTORIZAR o Sr. Pedro Henry Neto a trabalhar perante o Hospital de Medicina Especializada LTDA – Hospital Santa Rosa de segunda a sexta feira, das 07:00 às 11:00 horas e das 13:00 às 17:00 horas, e nos sábados, das 07:00 horas às 13:00 horas, com salário de R$ 7.500,00".

Além disso, o Fidelis despachou autorizando que o ex-deputado possa utilizar o seu horário de almoço para fazer serviços bancários, caso tenha necessidade. "Por fim, para evitar maiores incompreensões, AUTORIZO o Sr. Pedro Henry Neto a, na hora do almoço, se deslocar até o banco onde possui conta corrente".

O ex-deputado foi preso no dia 13 de dezembro de 2013, após se apresentar espontaneamente à Polícia Federal em Brasília (DF). No mesmo dia, ele teve a prisão decretada pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Antes, entregou sua carta de renúncia ao mandato de deputado para a Mesa Diretora da Câmara Federal.

Imprimir