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Advogado de MT registra boletim de ocorrência e afirma ter sido vítima de racismo em hotel no Paraná

Da Redação - Katiana Pereira

O advogado de Cuiabá, Rubney Cano de Brito, registrou o boletim de ocorrência nº. 2014/359318 na 10ª Subdivisão do Departamento da Polícia Civil do Panará, na cidade de Londrina, alegando que foi vítima de racismo no último fim de semana por parte de um dos funcionários em um hotel localizado no centro daquela cidade.

De acordo com os relatos de Brito no BO, uma das funcionárias referiu-se a ele da seguinte forma: “Esse negão tá se achando”. A ofensa teria sido proferida durante o café da manhã. O advogado contou a autoridade policial que estava acompanhado de um amigo e logo quando foram preencher a ficha cadastral, por volta da meia noite de sábado (12), o recepcionista exigiu o pagamento da estadia, antes que se dirigissem para as dependências do hotel.

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O advogado relatou que achou estranho o fato do mesmo funcionário não ter cobrado o pagamento adiantado da diária de um casal que foi atendido antes dele. No dia seguinte, na manhã de domingo (13), foi registrado outro incidente.
Brito informou que estava tomando café da manhã no restaurante do hotel quando pediu que uma funcionária lhe trouxesse ovos mexidos, quando ela teria lhe respondido que não serviam ovos mexidos aos finais de semana.

Entretanto, logo em seguida, segundo Brito, um senhor branco, de olhos claros e sotaque estrangeiro fez o mesmo pedido e fora atendido de imediato. O advogado disse ainda que ao questionar os empregados, uma das atendentes teria dito: “Esse negão tá se achando”, relatou Brito no boletim de ocorrência.

Na mesma manhã, logo após deixar o restaurante, o advogado fez a reclamação à direção do hotel e seguiu para a delegacia de Policia mais próxima para registrar o Boletim de Ocorrência. “A recepcionista do período da manhã reconheceu que existiu falha da funcionária da cozinha que não deveria ter servido ovos mexidos para nenhum dos hóspedes. Além da falha do recepcionista da noite anterior que cobrou a diária antecipada”, informou Rubney Brito, por meio de uma nota divulgada.

A reportagem do Olhar Jurídico entrou em contato com o hotel que foi alvo de críticas pelo advogado, no entanto, o gerente do estabelecimento, único autorizado a prestar esclarecimentos, não estava e seu telefone celular não foi fornecido pelo.

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Confira o boletim de ocorrência registrado pelo advogado:

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