Terminou sem acordo, na tarde desta quinta-feira (22), a audiência entre o Sindicato dos Motorista e o Sindicato das Empresas, sob a mediação da desembargadora Beatriz Theodoro, vice-presidente do TRT/MT, que tentava por fim a greve do transporte em Cuiabá em Várzea Grande. Uma nova rodada de negociações foi marcada para a próxima terça-feira (27), às 9 horas, no gabinete da desembargadora. Na tarde de hoje, apenas a concessão de uma camisa de uniforme a mais e protetor solar para os promotores de vendas, foi concedido pela parte patronal.

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Após os debates iniciais, a audiência foi interrompida por 10 minutos para uma rápida assembléia da categoria para apreciar a proposta das empresas de elevar de 4,63% para 5,8% (INPC) o reajuste dos salários e da comissão dos motoristas, e a não concessão de vale alimentação. Reunida no auditório do Pleno, lotado com centenas de trabalhadores, a proposta da empresas foi rechaçada, mantido o pleito dos empregados para concessão de R$ 1.800,00 para os motoristas e reajuste 7,15% para os demais. Apenas sobre o vale alimentação os empregados aceitaram reduzir de 400 para 200 reais.

Sobre as reclamações de que a porcentagem de ônibus em circulação durante a greve, os representantes do Sindicato dos Motoristas explicaram que não teria havido descumprimento da ordem de manter 70% dos ônibus, apenas ocorreram as dificuldades normais de organizar as escalas. Com o esclarecimento, foi pedido a revogação da multa imposta anteriormente.

A desembargadora concordou em reduzir o bloqueio para apenas o valor de um dia multa, já que havia ocorrido o bloqueio de 60 mil reais, correspondente a dois dias. Deixou para reapreciar a questão no decorrer do processo. Também foi atendido, em parte, o pedido dos trabalhadores, reduzindo o percentual de frota obrigatória, fora dos horários de pico, de 70 para 50% de ônibus circulando.

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