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Conselho Estadual da OAB/MT divulga nota de repúdio contra “vazamento” de informações

Da Redação - Arthur Santos da Silva

A assessoria de imprensa da Ordem dos Advogados do Brasil Seccional Mato Grosso (OAB/MT) divulgou, nesta segunda-fera (09), uma nota de repudio à utilização de informações e diálogos entre advogados e clientes no âmbito jurídico e da imprensa estadual

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Para a Ordem, estes acontecimentos ferem as relações profissionais da advocacia estabelecidas por lei. A OAB/MT cobra a responsabilidade do Judiciário e da imprensa. “A simples espetacularização do processo e a divulgação de informações aleatórias sem qualquer caráter de interesse público em nada contribuem para o Estado Democrático de Direito, mas constituem em um verdadeiro atentado à legalidade, a ordem jurídica e aos reais interesses e necessidades de nossa sociedade”, afirma trecho da nota.

Recentemente A Ordem dos Advogados do Brasil em Mato Grosso saiu em defesa do advogado Eduardo Mahon, que teve violado a confidencialidade de uma conversa telefônica mantida com o vereador João Emanuel, que é seu cliente. A Nota também é sinal de uma providência quanto ao vazamento das interceptações telefônicas referentes à operação Ararath.

Confira a Nota a seguir:

Nota de repúdio do Conselho Estadual da OAB/MT

Em recente data, a Diretoria da Ordem dos Advogados do Brasil Seccional de Mato Grosso manifestou publicamente seu repúdio à captação e utilização indevida de diálogos entre advogado e cliente, ocorridas tanto no âmbito da Justiça como da imprensa mato-grossense.

Lamentavelmente, tais fatos vêm se repetindo, com novas e temerárias violações às prerrogativas dos profissionais da Advocacia, estabelecidas por Lei e amparadas pela Constituição Federal de 1988.

Cabe à imprensa informar, sobretudo com responsabilidade, proporcionando a abertura de um debate das questões socialmente relevantes.

A simples espetacularização do processo e a divulgação de informações aleatórias sem qualquer caráter de interesse público em nada contribuem para o Estado Democrático de Direito, mas constituem em um verdadeiro atentado à legalidade, a ordem jurídica e aos reais interesses e necessidades de nossa sociedade.

A Constituição Federal brasileira de 1988 diz em seu artigo 133 que “o advogado é indispensável à administração da justiça, sendo inviolável por seus atos e manifestações no exercício da profissão, nos limites da lei”.

Da mesma forma que a existência de uma imprensa livre é essencial para uma Democracia, o respeito às garantias e prerrogativas profissionais do Advogado também é uma condição sem a qual a própria sociedade não se veria protegida.

Diante da repetição de lamentáveis fatos, inclusive contra profissional que preside a OAB/MT, o CONSELHO ESTADUAL da Ordem dos Advogados do Brasil Seccional de Mato Grosso vem repudiar a captação e utilização indevida de diálogos entre advogado e cliente, em nome da legalidade, da ordem jurídica e do estado democrático de direito.

Conselho Seccional da OAB/MT
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