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Conversas proibidas: Janot aguarda relatório para pedir novas prisões na Operação Ararath

Da Redação - Arthur Santos da Silva

Em entrevista coletiva concedida na noite desta quinta-feira (10), em Cuiabá, o procurador geral da República, Rodrigo Janot, apontou sobre a possibilidade de um dos investigados na Operação Ararath, que está sob medida restritiva, não ter cumprido a determinação da Justiça, mantendo assim, conversas proibidas com indivíduos vetados. Conforme exposto, Janot aguarda o relatório do Ministério Público Federal para que a medida restritiva seja suspensa e a prisão preventiva do sujeito seja efetivada.

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Para não atrapalhar as investigações, o procurador geral da república não expões o nome do suspeito de ter quebrado a determinação judicial. “A Polícia Federal faz esta investigação e parece, nós estamos esperando o relatório da Polícia federal, que um desses de medida restritiva teria conversado com outro a quem estava proibido. Estou esperando o relatório da polícia para que a gente possa então, se isso ocorreu, eu vou postular a revogação da medida cautelar e (determinar) a prisão preventiva, que é assim que se faz”.

A Operação Ararath investiga um complexo esquema de lavagem de dinheiro - cuja estimativa de movimentação ultrapassa R$ 500 milhões – para o ‘financiamento’ de interesses políticos no Estado. Uma lista apreendida pela PF aponta que pelo menos 70 empresas utilizaram ‘recursos’ oriundos de esquemas fraudulentos de empréstimos.

A ação policial levou para prisão Eder Moraes,uma das figuras políticas mais emblemáticas do Estado. Homem forte do governo Blairo Maggi, atuou em cargos de destaques durante a sua gestão (2003 a 2010), como secretário de Fazenda, presidente da Agência da Copa do Mundo (Agecopa), da Casa Civil e também diretor da Agência de Fomento de Mato Grosso.

O próprio Blairo Maggi, agora senador, é investigado no esquema, assim como o governador Silval Barbosa (PMDB), o prefeito de Cuiabá, Mauro Mendes (PSB). Membros do Judiciário, Ministério Público, empreiteiros e empresários supostamente ligados ao ramos da agiotagem também estão sob análise do MPF.

De acordo com a afirmação do procurador geral da República é provável que mais nomes suspeitos de envolvimento no esquema sejam presos nos próximos dias. Ainda nesta sexta-feira (11), Janot tem uma agenda de visitas institucionais à Superintendência da Polícia Federal, e à Procuradoria Geral de Justiça do Ministério Público do Estado do Mato Grosso, quando irá encontrar com os promotores de Justiça Célio Joubert Fúrio, Mauro Zaque de Jesus, Roberto Aparecido Turin e Sérgio Silva da Costa.

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