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Principal pivô da Operação Ararath depõe no Ministério Público de MT; conteúdo sob sigilo absoluto

Da Redação - Ronaldo Pacheco

Considerado o principal pivô da Operação Ararath, que investiga lavagem de dinheiro e agiotagem em Mato Grosso, o empresário Gércio Mendonça Júnior, o Júnior Mendonça, prestou mais de duas horas de depoimento, na tarde desta quarta-feira (3), no Ministério Público Estadual (MPE). O conteúdo do depoimento foi mantido sob sigilo absoluto.

Proprietário da Comercial de Petróleo Amazonas, ele prestou depoimento ao promotor de Justiça Roberto Turin, sobre a Operação Ararath. Júnior Mendonça estaria acompanhado de três advogados.

A reportagem do Olhar Direto tentou sucessivos contatos com o promotor de justiça Roberto Turin, mas não obteve êxito. O MPE não quis se posicionar sobre o conteúdo do depoimento nem mesmo via assessoria.

A delação premiada de Júnior Mendonça tornou-o a principal testemunha para a Polícia Federal, o Ministério Público Federal e o Ministério Público Estadual, nas investigações do suposto esquema de lavagem de dinheiro público, através de factorings. Ele assinou um termo de colaboração com o Ministério Público Federal (MPF) e a Polícia Federal, no início deste ano.

Na delação premiada, Gércio Mendonça Júnior tem chance de receber benefícios, como redução da pena, caso seja condenado pelo Poder Judiciário – o que é bastante provável. Além disso, ele aceitou restituir em R$ 12 milhões os cofres públicos, referente ao "produto do crime contra o Sistema Financeiro e lavagem e dinheiro".

Nesse contexto, os R$ 12 milhões serão pagos em seis prestações, cada uma no valor de R$ 2 milhões. A primeira foi quitada em 30 junho e a segunda, em valor idêntico, em 30 de dezembro.

As parcelas seguintes serão pagas em 30 de junho e 30 de dezembro de 2015; e 30 de junho e 30 de dezembro de 2016.

A delação premiada de Júnior Mendonça levou a Polícia Federal e o MPF a investigar algumas das principais figuras da vida política de Mato Grosso. Por envolver autoridades e parlamentares, alguns processos tramitam no Supremo Tribunal Federal (STF) e outros no Superior Tribunal de Justiça (STJ). (Colaborou Jardel Arruda)
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