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Juiz que vendia sentenças é aposentado compulsoriamente pelo Pleno

Da Redação - Arthur Santos da Silva

O Pleno do Tribunal de Justiça de Mato Grosso aposentou compulsoriamente, na tarde da última quinta-feira (18), o magistrado Círio Miotto. A decisão é fruto das investigações empreendidas durante a operação Asafe, em 2010. Conforme exposto pela Justiça, Miotto fazia parte de um esquema que negociava decisões. Com o julgamento do Procedimento Administrativo Disciplinar (PAD), o juiz será excluído das grades da magistratura e receberá aposentadoria proporcional ao tempo de serviço.

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Considerado mais marcante, e provavelmente o caso com mais indícios da participação de Miotto em um suposto esquema de venda de sentença, está o caso Lóris Dilda. Ele era acusado de ter executado o próprio irmão e, conforme consta da investigação da Polícia Federal e na acusação do Ministério Público, pagou R$ 50 mil por um habeas corpus.

A Operação Asafe foi deflagrada pela PF no dia 18 de maio de 2010, com o cumprimento de nove mandados de prisão e 30 de busca e apreensão em residências e escritórios de advogados, desembargadores e juízes.

Foram presos a esposa do desembargador José Tadeu Cury, a advogada Célia Cury; os advogados Rodrigo Vieira e Alessandro Jacarandá; o ex-prefeito de Alto Paraguai, Alcenor Alves de Souza; o empresário Cláudio Emanuel Camargo e o ex-chefe de gabinete de José Tadeu Cury, Jarbas Nascimento, além de Santos de Souza Ribeiro e Ivone Reis de Siqueira.

A advogada Célia Cury, esposa do desembargador José Tadeu Cury, foi considerada a chefe do esquema de venda de senteças, com a ajuda da dona de casa Ivone Reis. Várias interceptações telefônicas confirmam o esquema.
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