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Médicos mantêm paralisação e Prefeitura de Cuiabá ingressa com medida judicial

Da Redação - Wesley Santiago

O Sindicato dos Médicos do Estado de Mato Grosso (Sindimed) decidiu manter a paralisação dos profissionais médicos nesta quinta-feira (15), em Cuiabá. A decisão foi tomada após todas as propostas apresentadas pela Prefeitura de Cuiabá terem sido recusadas pela categoria. Por conta disto, o município, que considera uma intransigência a ação, já ingressou com uma medida judicial contra a greve.

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A assessoria de imprensa da prefeitura informou que a Procuradoria-Geral de Cuiabá ingressou com a medida judicial na última quarta-feira (14) para impedir a paralisação dos profissionais médicos convocada pelo sindicato da categoria. A decisão do município foi tomada após não haver acordo durante a reunião feita entre o Sindimed e a Secretaria Municipal de Saúde.

Segundo a Prefeitura de Cuiabá, a recusa de todas as propostas por parte do sindicato representa uma intransigência do Sindicato, que havia decidido interromper os serviços, que são essenciais à população, sem nenhum diálogo com a Secretaria de Saúde: “O mesmo direito que eles têm de fazer a greve nós temos de buscar os meios legais para impedi-la. É nossa obrigação garantir que um serviço tão essencial à população, especialmente à parcela mais carente, não seja interrompido por intransigência dos profissionais”, frisou o secretário de Saúde do município, Ary Soares Júnior.

O secretário ainda pediu bom senso do sindicato e disse que está aberto a novas negociações: “Temos consciência do que é necessário e possível fazer a curto, médio e longo prazo. Nosso foco é continuar dialogando com a categoria e trabalhar em conjunto para que o cidadão seja atendido com dignidade”, pontuou. O Sindimed ainda convocou paralisações para os dias 21 e 26 de janeiro e 3 de fevereiro.

O sindicato fez 11 reivindicações para o município que diz já ter cumprido a questão do Concurso Público, que ocorrerá no próximo dia 25. Além disto, também foi dito que a segurança nas unidades de saúde também foram demonstrados, já que há parceria com a Polícia Militar atendendo em 100% das unidades de pronto atendimento. Em relação aos índices de reajuste salarial, o secretário confirmou que a discussão ocorrerá em abril.

“Entendemos que o Sindicato está com uma diretoria nova e precisa mostrar serviço. Mas eles também precisam entender que acabamos de empossar o novo secretário no cargo, há menos de 15 dias, e que a busca da melhor solução vai exigir compromisso público, bom senso e diálogo de ambas as partes”, disse o secretário de Governo e Comunicação, Kleber Lima.

“Estamos entrando com uma medida judicial no plantão do Tribunal de Justiça para suspender todas as paralisações. Ainda vamos insistir nas tratativas amigáveis, mas é preciso manter os serviços essenciais à população”, disse o procurador-geral em exercício, Rodrigo Verão.
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