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MP questiona constitucionalidade de rebaixamento de meio fio para estacionamentos

Da Redação - Flávia Borges

O Ministério Público Estadual (MPE) questiona a constitucionalidade da Lei Municipal 354/2014, que permite o rebaixamento de meio fio nas ruas de Cuiabá para a implantação de estacionamentos. A lei foi vetada pelo prefeito Mauro Mendes e, em seguida, sancionada pela Câmara de Cuiabá. 

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Na Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADIN) , o MPE diz que a lei é uma afronta à Convenção Internacional das Pessoas com Deficiência, pois compromete a acessibilidade e a mobilidade urbana. Destaca que com o rebaixamento do meio fio para a implantação de estacionamentos, o espaço nas calçadas para a passagem de pedestres será reduzido consideravelmente.

“Com a modificação, os veículos poderão disputar os passeios públicos com os pedestres, ocorrendo um retrocesso legislativo que afronta, também, a Convenção Internacional das Pessoas com Deficiência, internalizada no nosso ordenamento jurídico com status de emenda constitucional”, afirmou o MPE.

Também consta na ação que não houve qualquer tipo de planejamento para a modificação da lei de gerenciamento urbano. O projeto foi aprovado e sancionado pela Câmara Legislativa em apenas dois meses. A referida lei alterou os artigos 232 e 234 da Lei Complementar 004/1992.

A ADIN foi proposta pelo procurador-geral de Justiça adjunto, Hélio Fredolino Faust, após representação dos promotores de Justiça que atuam na Defesa da Ordem Urbanística em Cuiabá, Carlos Eduardo Silva e Gerson Barbosa.
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