Imprimir

Notícias / Geral

João Emanuel participa de audiência, se diz inocente e critica ação do MPE

Da Redação - Flávia Borges

O ex-presidente da Câmara de Cuiabá, João Emanuel, compareceu ao fórum nesta sexta-feira (6) para participar da audiência de instrução e julgamento do processo que responde por suposto esquema para desviar dinheiro da Câmara. No desdobramento da operação Aprendiz, foram cumpridos mandados de busca e apreensão. A denúncia contra os acusados foi feita em abril deste ano, como um desdobramento da Operação Aprendiz, que foi deflagrada em novembro de 2013, pelo Ministério Público Estadual, por meio do Gaeco.

Leia mais

Audiência de julgamento de João Emanuel e Maksuês é adiada para sexta-feira

O ex-vereador criticou a denúncia feita pelo MPE e reclamou da falta de oportunidade de defesa. “São informações que o Ministério Público solta ao seu bel prazer e não nos dá sequer o direito ao contraditório. Eles divulgam, muitas vezes, primeiro na mídia”, criticou.

Ele reafirmou sua inocência e disse que só está envolvido porque, à época, era presidente da Câmara. “O presidente responde por todas essas questões administrativas, mas eu não tenho nenhum envolvimento com os crimes que o MP denunciou”, disse.

O promotor Marco Aurélio, que também participou da audiência, afirmou que a população não pode aceitar crimes como o que supostamente João Emanuel teria cometido. “É uma vergonha. Vamos mostrar o que ficou provado”, afirmou.

O ex-deputado Maksuês Leite, que também é réu no processo, foi dispensado de comparecer na audiência desta sexta-feira.

Conforme a denúncia do Ministério Público, os acusados faziam parte de um suposto esquema para desviar dinheiro da Câmara. No desdobramento da operação Aprendiz, foram cumpridos mandados de busca e apreensão.

Entre os documentos apreendidos haveria a comprovação de fraude em um contrato firmado com a Gráfica Propel, de propriedade de Maksuês. Os materiais nunca teriam sido entregues, porém eram dados como recebidos pelo setor de almoxarifado com a expedição de notas fiscais falsas.

De acordo com a denúncia, as compras simuladas lançaram mão de pagamentos irregulares que alcançaram a órbita de R$ 1.141.041,20. Mesmo com o repasse do valor, nenhum material foi entregue. Todo o esquema foi confessado por Maksuês Leite durante depoimentos ao Ministério Público.
Imprimir