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JB pede a cabeça do ministro da Justiça

Migalhas

 Para agitar o feriado de Carnaval, a imprensa destacou nos últimos dias a informação de que o ministro da Justiça José Eduardo Cardozo teria se encontrado com advogados das empreiteiras envolvidas na Lava Jato.

O pontapé foi dado pela revista Veja, na última sexta-feira, 13, ao noticiar que Cardozo teve ao menos três encontros só neste mês com advogados de empresas como a UTC e a Camargo Corrêa. Sob o título "As conversas impróprias do ministro da Justiça", o hebdomadário cita o advogado Márcio Thomaz Bastos, falecido em novembro de 2014, para dizer que o PT "perdeu seu grande estrategista em momentos de crise", vácuo este que seria ocupado agora por Cardozo:

"O governo perdeu sua ponte preferencial com as empreiteiras, o diálogo entre as partes foi interrompido, e as ameaças passaram a dominar as conversas reservadas. Foi nesse clima de ebulição que o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, assumiu o papel de bombeiro. Ex-deputado pelo PT e candidato há anos a uma vaga de ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Cardozo se lançou numa ofensiva para acalmar as construtoras acusadas de envolvimento no petrolão, que, conforme VEJA revelou, ameaçam implicar a presidente Dilma Rousseff e o antecessor Lula no caso se não forem socorridas. Há duas semanas, o ministro recebeu em seu gabinete, em Brasília, o advogado Sérgio Renault, defensor da UTC, que estava acompanhado do ex-deputado petista Sigmaringa Seixas."

Dado o start, os jornais saíram reproduzindo as informações. O jornal O Globo informou no sábado, 14, que a própria página da internet do MJ, com a agenda oficial do ministro Cardozo, noticiava audiência "com os senhores Pedro Estevam Serrano, Maurício Roberto Ferro, Dora Cavalcanti e com a participação do secretário-executivo do Ministério da Justiça, Marivaldo Pereira. Pauta: Visita Institucional", tendo o matutino lembrado que Serrano e Dora são advogados da Odebrecht, ao passo que Ferro é vice-presidente jurídico da construtora.

Para agitar mais este enredo, o ex-ministro Joaquim Barbosa resolveu opinar na história. JB fez referência inclusive ao famigerado processo do mensalão para dizer que o advogado deveria usar métodos e argumentos perante ao juiz e não "recorrer à política".
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