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Desembargadora Maria Helena Póvoas é exemplo de mulher e marca história no Judiciário

Da Redação - Flávia Borges

A desembargadora Maria Helena Gargaglione Póvoas é um dos exemplos de mulher que conquistou seu lugar e marca a história do Poder Judiciário de Mato Grosso. Única mulher presidente da Ordem dos Advogados do Brasil, seccional Mato Grosso (OAB-MT), a magistrada foi eleita presidente do Tribunal Regional Eleitoral (TRE).

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Assume o cargo em abril deste ano para comandar a Justiça Eleitoral no Estado. Ela estará à frente do órgão nas eleições municipais de 2016. Antes de ser eleita para a presidência do TRE, Maria Helena já ocupava a vice-presidência e corregedoria-geral do órgão. Maria Helena é a segunda mulher a comandar o TRE. A primeira foi a desembargadora Shelma Lombardi de Kato, entre os anos de 1985 e 1988.

“Por muito tempo enfrentamos barreiras no Poder Judiciário. A mulher demonstrou sua aptidão, compromisso com a toga e conseguimos provar que somos capazes de exercer a magistratura”, destacou Maria Helena.

Oriunda da militância na advocacia, a desembargadora Maria Helena comandou a OAB-MT entre os anos de 1993 e 1997. No primeiro mandato de dois anos (1993-1994), ela priorizou a organização interna, como a informatização da OAB. Já no segundo 1995-1997, com alteração do Conselho Federal para três anos, Maria Helena Póvoas priorizou as ações em defesa da cidadania.

Conhecida por ter “pulso firme”, a expectativa dos servidores e dos demais magistrados é que a desembargadora desenvolva seu trabalho na presidência do TRE com a rigidez e doçura que lhe é peculiar.

“Nós mulheres temos um olhar diferenciado. Mostramos nossa devoção em todos os momentos. Um exemplo disso é quando somos destacadas para as mais longínquas comarcas, levando nossas famílias, muitas vezes com filhos pequenos”, salientou.

A desembargadora fez uma breve retrospectiva da história da mulher mato-grossense e brasileira, falou sobre a luta da mulher pela obtenção do poder do voto, dentre outras conquistas. “A mulher, assim como todos os segmentos, deve discutir sobre seus direitos na cidadania em todos os cantos. Seja em sindicatos, associações de bairros e até mesmo no TRE. É muito importante que possamos, a cada oportunidade, tomar mais consciência sobre nosso papel, continuando a luta, no sentido de sempre buscar ampliar os espaços já conquistados em sociedade.”
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