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TJ manda soltar ex-diretor e agentes da Cadeia Pública após fuga de 27 presos

Da Redação - Flávia Borges

 A Segunda Câmara Criminal do tribunal de Justiça determinou a liberdade do ex-diretor da Cadeia Pública de Nova Mutum, Henrique Francisco de Paula Neto, e dos agentes Luiz Mauro Romão da Silva e Fabian Carlos Rodrigues Silva, presos desde fevereiro deste ano quando 27 presos conseguiram fugir do local.

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Conforme o advogado de Henrique, Marco Antônio Dias Filho, a juíza da 2ª Vara da Comarca de Nova Mutum, Helícia Vitti Lourenço, nos autos de prisão em flagrante delito, além de indeferir o pedido de liberdade provisória postulado, converteu a prisão flagrancial do paciente em preventiva à revelia de fundamentação adequada, já que inexistem os pressupostos autorizadores da medida acauteladora.

Ainda segundo a defesa do ex-diretor, “um funcionário público com 52 anos de idade que sempre serviu ao Estado lidando com as piores espécies de indivíduos, mas que ainda assim jamais apresentou quaisquer anotações desabonadoras de sua conduta, não pode, por uma situação isolada, ser tido como um fator de risco à ordem pública, à instrução criminal ou à aplicação da lei penal.”

Em fevereiro deste ano, duas mulheres entraram no presídio. Elas teriam tido papel importante na fuga dos presos, já que foram usadas como isca para "envolver" os agentes e deram para eles bebidas com alguma substância, deixando-os dopados.

A fuga dos detentos foi praticada por volta das 4h. As mulheres - munidas com uísque e remédios - entraram na cadeia pública mediante autorização dos agentes penitenciários plantonistas e do então diretor da unidade.

Lá, de acordo com apurado pela Polícia, consumiram bebida alcoólica e na sequência os servidores públicos foram dopados deixando a unidade sem nenhuma segurança. As mulheres se apossaram das chaves e abriram as celas. Os detentos fugiram pelo portão da frente levando quatro armas de fogo (duas escopetas calibre 12 e dois revólveres).
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