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Bancários paralisam atividades contra Lei da Terceirização

Da Redação - Flávia Borges

Os bancários prometem paralisar o centro financeiro de Cuiabá nesta sexta-feira (29), entre as 10h e 12h, em um protesto contra o Projeto de Lei 4.330/2004, mais conhecido como a Lei da Terceirização. A paralisação acontece em todo o país.

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Além da pauta nacional, os bancários irão se manifestar para alertar os trabalhadores do HSBC sobre os riscos em relação à manutenção do emprego e dos direitos, caso a instituição inglesa deixe de atuar no Brasil. A concentração dos bancários será, às 11h, na agência do HSBC, na rua Barão de Melgaço, esquina com avenida Getúlio Vargas, Centro.

Já às 14h, a direção do Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos Bancários e do Ramo Financeiro (Seeb), realiza ato público e participa de uma caminhada, organizada pela Central Única dos Trabalhadores de Mato Grosso (CUT/MT). Os manifestantes irão se concentrar na Praça Ulisses Guimarães e seguirão em caminhada pelo Centro Político Administrativo.

Os bancários elencam motivos para a desaprovação da chamada Lei da Terceirização:

Salários mais baixos: os terceirizados ganham 25% menos que os trabalhadores diretos. No setor financeiro, eles ganham 70% menos que os bancários;

Aumento do trabalho escravo: entre 2010 e 2014, cerca de 90% dos trabalhadores resgatados do trabalho escravo no país eram terceirizados de setores como mineração, confecções e manutenção elétrica;

Sem PLR (Participação nos Lucros e Resultados) e com jornada mais extensa - só para se ter uma ideia, os subcontratados trabalham três horas a mais por semana, em média ;

Redução de investimentos em qualificação profissional;

Aumento dos acidentes de trabalho: o número de acidentes é 3,4 vezes maior entre terceirizados;

Empresas sem empregados, só com terceirizados;

Quarteirização - quando uma empresa terceirizada contrata outra para o serviço;

Ampliação dos correspondentes bancários, o que pode levar à extinção da categoria bancária;

A informalização deixa de ser a exceção para se tornar a regra;

Destruição do sistema trabalhista e de todas às conquistas sociais vão ruir;

Tíquetes mais baixos;

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