O Ministério Público do Trabalho no Pará (MPT-PA) avalia, junto com o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) e a Polícia Civil, os impactos e as condições da Usina Hidrelétrica de Belo Monte após o desabamento de um silo. O acidente aconteceu em 30 de maio, matando três trabalhadores e deixando outros três feridos. A investigação criminal do caso já está em andamento e o MPT deve pedir que as empresas sejam responsabilizadas pelas questões trabalhista.

No momento, a equipe fiscal trabalha com quatro hipóteses sobre a causa do desabamento, sendo a mais destacada delas a sobrepressão no processo de descarga de cimento do caminhão para o silo, atividade conhecida como transilagem.

Modificações – O MPT recomendou ao Consórcio Construtor Belo Monte – CCBM – a manutenção da paralisação das atividades operacionais nas centrais de concreto. O serviço deve ficar suspenso até a limpeza, remoção de destroços e desmontagem dos silos danificados.

Caso necessário, a empresa deve realizar rigorosa inspeção e manutenção, além de promover treinamentos direcionados aos trabalhadores que atuam no perímetro afetado, com evidências e certificações que comprovem o cumprimento dos itens recomendados.

De acordo com informações da fiscalização, a remoção dos destroços deve ser um processo lento, visto que alguns se encontram encostados nas estruturas remanescentes. O MPT sugeriu ainda que a transilagem, atualmente feita por motoristas de caminhão terceirizados, seja assumida pelo CCBM. A empresa apresenta uma gestão melhor de segurança no trabalho e está implementando um plano de ação, o que pode prevenir novos acidentes.