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Riva pode pegar até 12 anos de prisão por cada um dos 80 processos da Arca de Noé, afirma promotor

Da Reportagem Local - Paulo Victor Fanaia Teixeira/Da Redação - Jardel P. Arruda

960 anos. Esse é o tempo que o ex-deputado estadual José Riva pode pegar de prisão caso seja condenado por todos os processos relacionados a Operação Arca de Noé. Isso é o que fala o promotor de Justiça Sérgio Silva da Costa, presente na audiência de dois desses processos na tarde desta quinta-feira (28).

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A Operação Arca de Noé, deflagrada em 2002 pela Polícia Federal em conjunto com outros órgãos de investigação para desmantelar o crime organizado em Mato Grosso chefiado na ocasião pelo bicheiro e agiota João Arcanjo Ribeiro. Contra Riva pesam denúncias de que enquanto presidente e 1º secretário da Assembleia Legislativa, autorizou a emissão de cheques para empresas fantasmas, os quais foram descontados nas factorings de João Arcanjo e assim quitar dívidas de campanha eleitoral e desviar dinheiro público.

“Por cada um dos processos pode pegar de dois a 12 anos. Aí então é só esperar para ver o que será aplicado de concreto e então somar. Ele tem mais de oitenta processos, somente relacionados a Arca de Noé. Fora as questão novas que temos acompanhado por aí”, afirmou o promotor, antes das conversações sobre a audiência ser redesignada pela falta de uma testemunha.

Sério ainda lembra que os processos demoraram porque tiveram uma tramitação especial devido ao foro privilegiado de alguns réus. Vários processos corriam no Tribunal de Justiça, por causa de José Riva, ou por conta de Humberto Bosaipo, ex-conselheiro do Tribunal de Contas do Estado. Com o fim do benefício, as ações voltaram a primeira instância e estão na fase final.

“Houveram as instruções de todos os processos e agora estão na fase final, que é o interrogatório, que é o ultimo ato. Um vez confirmada a acusação, haverá condenação sim. (...) Hoje a gente está na fase final que são os interrogatórios com os réus. Portanto o processo está praticamente concluído”, explicou.
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