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Riva descarta delação premiada: “eu tenho muita convicção na minha defesa”

Da Reportagem Local - Paulo Victor Fanaia Teixeira / Da Redação - Arthur Santos da Silva

O ex-deputado estadual José Geraldo Riva, preso em conseqüência da "Operação Célula Mãe", negou qualquer intenção de firmar uma delação premiada. A medida poderia resguardar o político em diversos processos na Justiça de Mato Grosso. Porém, mesmo com a possibilidade, a convicção de inocência parece sobrepor às ações.

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“Eu acho que quando você tem uma linha de defesa, eu tenho muita convicção na minha defesa, vejo muita dificuldade na primeira instância, aqui, mas eu tenho certeza que na hora que for analisado tecnicamente, em todos os processos, eu tenho grande possibilidade de lograr êxito”, afirmou o político, quando perguntado sobre a possibilidade de colaborar, após audiência de instrução na Sétima Vara Criminal.

O ex-deputado foi preso no dia 14 de outubro, durante a segunda fase da operação Metástase, nomeada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) como Célula Mãe. Conforme os investigadores, R$ 1,7 milhão foi desviado.

Segundo o Gaeco, o dinheiro surrupiado servia para o pagamento de despesas pessoais do ex-deputado, como o combustível de sua aeronave particular, pagamento de honorários advocatícios, entre outros.

Além disso, o ex-deputado teria usado parte do montante para o pagamento de um “mensalinho” para políticos e lideranças políticas do interior do Estado. A distribuição de “mimos”, como uísque, pagamento de festas de formatura, jantares e massagistas também faziam parte da lista. O esquema tentava dar aparência de legalidade aos gastos.

Riva segue impetrando pedidos de liberdade no Tribunal de Justiça de Mato Grosso, no Superior Tribunal de Justiça e no Supremo Tribunal Federal.
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