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MPE investiga responsabilidade de abrigo sobre morte de idosa que se afogou após cair em fossa

Da Redação - Arthur Santos da Silva

O Ministério Público de Mato Grosso instaurou procedimento preparatório de inquérito civil, no dia 15 de fevereiro, para apurar a suposta responsabilidade do Abrigo Bom Jesus na morte da idosa Maria Ribeiro dos Santos, 73 anos. A vítima sofreu afogamento em uma fossa da instituição.

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Conforme o documento assinado pelo promotor de Justiça Henrique Schneider Neto, a investigação considera um Termo de Ajustamento de Conduta entregue ao presidente do abrigo no dia 2 de fevereiro, no qual rogava o alcance de um alvará sanitário. Maria Ribeiro morreu no dia 5 de fevereiro.

O procedimento foi instaurado “[...] objetivando a coleta de informações, subsídios e elemento de convicção com vistas à apurar responsabilidade da Direção do Abrigo Bom Jesus, no óbito da idosa Maria Ribeiro dos Santos, ocorrido em 5 de fevereiro do ano em curso, nas dependências da instituição”.

Segundo as informações apuradas pelo Olhar Direto/ Jurídico momentos após a ocasião da morte, Maria Ribeiro possuía um histórico de problemas mentais. A suspeita é que ela tenha saído do seu quarto durante a noite e caminhado até os fundos do Abrigo. Lá, ela teria caído em uma fossa e veio a óbito.

No outro dia, os funcionários deram falta da idosa e acionaram o Corpo de Bombeiros. Após uma varredura, eles encontraram o corpo da mulher dentro da fossa. A reportagem tentou contato com o Abrigo Bom Jesus, mas a responsável disse que só se posicionaria pessoalmente.

Em entrevista ao Olhar Direto, a conselheira do Abrigo Bom Jesus de Cuiabá, Ana Bezerra, relatou que: “A Maria era portadora de doença mental. Desde que eu estava a frente do local, eu dizia ao Ministério Público que o abrigo não tem condições de cuidar de pessoas com doenças mentais. Quando o paciente entra em surto, tem que ir para o Adauto Botelho tomar medicação”.

“Infelizmente foi uma fatalidade, mas que poderia ter sido evitada. Não tem como o nosso pessoal ficar 24 horas por dia cuidando de todos os idosos. Estas pessoas estão em risco e constituem risco para os outros idosos e também funcionários. Isto é culpa do Ministério Público, precisam fazer o que é certo. Quando eu estava lá, tive que receber alguns senhores e senhoras, dar cama, colchão, tratar piolho que estava comendo eles vivos”, acrescentou Ana.
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