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Lideranças do judiciário vão ao Fórum em favor da democracia: "Somos todos Sérgio Moro"

Da Redação - Paulo Victor Fanaia Teixeira/ Da Reportagem Local - Jardel P. Arruda

A Associação Mato-Grossense do Ministério Público (AMMP), a Procuradoria Geral do MPE e a Associação Mato-Grossense de Magistrados (AMAM) reuniram-se em manifestação na tarde desta quarta-feira (23) na porta do Fórum da Capital. Com bandeiras do Brasil e cartaz dizendo "Somos todos Sérgio Moro", juiz federal de Curitiba, responsável pelas investigações da "Operação Lava Jato", lideranças dos orgãos manifestaram sua posição em favor de um MP livre para atuar na sociedade. Também, prestaram apoio ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Teori Zavascki, para que da mesma forma, julgue com plena liberdade. Zavascki foi vítima de ataques intimidatórios após decidir pelo envio das investigações contra o ex-Presidente Lula para o STF, tirando das mãos de Moro.

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O ato começou com a banda da policia militar tocando o maior sucesso da banda Europe: "The Final Count Down", enquando os músicos batiam as notas da música que trata sobre os momentos finais, antes de algo grandioso, magistrados e membros do Ministério Publico, todos de toga preta, ocuparam a rampa do Fórum da Capital.

Os últimos a entrarem na rampa e a se posicionaram, à frente de todos, foram o presidente da associação mato-grossense do Ministério Público, Miguel Slhessarenko, o Procurador Geral do MPE, Paulo Prado e o presidente da Associação Mato Mato-grossense de Magistrados Jose de Arimatéia. Ao lado direito da formação de magistrados, que bloqueava completamente a rampa, uma faixa na qual estava escrito: “Somos todos Sérgio Moro”.

O primeiro a falar, Miguel Slhessarenko, ressaltou seu repúdio às ofensas proferidas contra as instituições e a “corrupção que sangra a república”. Diz ele: "Precisamos sempre primar pelas instituições, não pelas pessoas que as representam temporariamente".

Em seguida, ofereceu breves palavras o procurador Paulo Prado, que salientou que o país passa por um momento que exige equilíbrio e reflexão. "Sabemos que existem segmentos com preferências político partidárias. E segmentos com outras preferências político partidárias. As ações do MP e do Judiciário não se tratam de eleger pessoas, mas sim de investigar atos e fatos". Ele também afirmou que com MP e judiciário enfraquecidos, qualquer um pode ser vitima dos exageros.

Último a falar, José de Arimatéia ratificou acreditar no pleno funcionamento das instituições. Ressaltou a relevância da independência do judiciario, o qual, segundo ele, nada mais faz que cumprir e fazer cumprir a Constituição Federal. "Todo apoio ao Sérgio Moro e também ao ministro Teori Zavaski, que também precisa de independência", exclamou, para então ser aplaudido por todos os presentes.

A Associação Mato-Grossense do Ministério Público (AMMP) visa, com o ato, “realçar que já houve um tempo em que o MP não era independente. E, desse tempo, a democracia não tem nenhuma saudade [...] Porque a independência do Ministério Público e da Magistratura é uma conquista constitucional da qual a sociedade não abre mão”.
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