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Sem algemas, empresário se cala ao chegar ao Gaeco para depor sobre esquema de propina na Seduc

Da Redação - Patrícia Neves/ Da Reportagem Local - Laíse Lucatelli

O empresário Giovani Guizzardi presta depoimento nesta manhã, 13, ao Grupo de Atuação e Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público Estadual (MPE). Sem algemas, ele foi encaminhado pelo sistema prisional até a unidade. O esquema de propina envolvia pagamentos de percentuais em obras que variavam entre R$ 400 mil e R$ 3 milhões. Giovani está preso desde o dia 3 de maio, com a deflagração da Operação Rêmora.

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Ao ser abordado pela imprensa, ele preferiu manter o silêncio quanto às acusações de que seria o responsável por captar as propinas recebidas em um organizado esquema de ‘leilão’ de obras na Secretaria de Estado de Educação, Esporte e Lazer (Seduc-MT). Pelo menos 23, orçadas em R$ 56 milhões, foram alvos do grupo que contava com a participação de três agentes públicos.

Nesta manhã, o promotor Samuel Frungilo, declarou ao Olhar Jurídico, que os depoimentos de ontem (dos servidores Fábio Frigeri e Wander Luiz) pouco acrescentaram à investigação que mira agora o líder do grupo, assim como a destinação/lavagem de dinheiro. Wander, que atuou como superitendente de obras na pasta, ficou em silêncio. Já o colega dele, Fábio, limitou-se a negar as acusações. 


Segundo o Ministério Público Estadual (MPE), a organização criminosa era composta pelo núcleo de agentes públicos, o núcleo de operação e o núcleo de empresários. O primeiro formado pelos servidores Wander Luiz dos Reis, Fábio Frigeri e Moisés Dias da Silva que estariam encarregados de viabilizar as fraudes nas licitações da Seduc mediante recebimento de propina.  

Integrava o núcleo de operação Giovanni Bellato Guizzardi, Luiz Fernando da Costa Rondon e Leonardo Guimarães Rodrigues. São eles os mandatários dos servidores públicos e os encarregados de fazer os contatos diretos com os empresários que faziam parte do terceiro núcleo.

Pela Rêmora permanecem presos: Fábio, Giovani, Wander e Moisés. Todos estão no Centro de Custódia de Cuiabá (CCC).

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