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Notícias / Criminal

Prometendo HC, Eder Moraes deixa sede da PF e segue para audiência de custódia na justiça federal

Da Redação - Paulo Victor Fanaia Teixeira

O ex-secretário de Fazenda, Eder de Moraes Dias, deixou as dependências da Polícia Federal por volta de 13h30 desta sexta-feira (03). Ele será submetido nesta tarde à uma audiência de custódia, na Justiça Federal, onde seguirá para o Instituto Médico Legal (IML) para se submeter à exames médicos e então, será levado para o Centro de Custódia da Capital (CCC). Eder foi preso em sua residência, em um condomínio de luxo da capital, por volta das 6h, e deu entrada na sede da Polícia Federal (PF), às 07h10.

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A revogação de liberdade provisória do réu foi determinada pelo magistrado da Quinta Vara da Justiça Federal de Mato Grosso, Jeferson Schneider, mediante reanálise de pedido de prisão formulado pelo Ministério Público Federal (MPF) no ano de 2015. Eder voltou para cadeia 25 dias após ganhar a liberdade por determinação do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Dias Toffoli.

Ao sair da sede da PF, na avenida do CPA, o advogado de Eder, Ricardo Spinelli falou rapidamente com Olhar Jurídico e disse que já providencia um pedido de habeas corpus para seu cliente.

Horas antes, em entrevista ao Olhar Jurídico, na manhã desta sexta-feira (03), o advogado disse que a decisão pela prisão preventiva ocorre à despeito de todas as solicitações feitas para que o réu pudesse se defender.

Spinelli elencou que solicitou à Quinta Vara Federal oitivas com servidores do Centro de Custódia da Capital (CCC) e da Secretaria de Justiça e Direitos Humanos (Sejudh), mediante um questionário com 40 perguntas, além de uma perícia técnica na tornozeleira eletrônica que Eder Moraes usava e que teria sido violada (o que ensejou a revogação da prisão pela primeira vez).

Ele ainda negou que a prisão decretada hoje tenha qualquer relação com a nova fase da "Operação Ararath" deflagrada ontem (02). O advogado não descarta entrar com um recurso contestando a decisão no STF ou com novo habeas corpus no Tribunal Regional Federal (TRF-1).
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