Notícias / Criminal
Acusador de pagar R$ 2 milhões em propinas, Walace tem 10 dias para apresentar defesa prévia na Sodoma
Da Redação - Paulo Victor Fanaia Teixeira
A juíza da Sétima Vara Criminal, Selma Rosane Arruda, determinou a notificação do ex-prefeito de Várzea Grande, Walace Guimarães, para que, no prazo de 10 dias, apresente defesa prévia das acusações contra ele feitas nos autos da “Operação Sodoma”. Walace teria pago cerca de R$ 2 milhões em propina para o ex-governador, Silval Barbosa, e para o ex-secretário de Estado de Administração (SAD), César Zílio. A determinação foi proferida no último dia 13.
Leia mais:
Delator, Zílio confirma R$ 2 milhões em propina de Walace e diz que ex-prefeito possui "negócios paralelos"
A ordem figura nos autos da ação penal oriunda da “Operação Sodoma”. Entre os réus que já apresentaram suas defesas prévias estão Silval Barbosa e seu filho, Rodrigo da Cunha Barbosa, além do o ex-secretário de Administração, Pedro Elias Domingos de Mello.
Também foi notificado, no último dia 07, o réu e proprietário da empresa Editora de Liz, Antonio Roni. Segundo César Zílio, ele é quem teria, acompanhado de Evandro Gustavo Pontes, efetuado o pagamento de R$ 2 milhões em cheques, conforme combinado por Walace e Silval.
Contexto
Em delação premiada firmada com a Justiça, o ex-secretário de Estado de Administração (SAD), Cézar Roberto Zílio, denuncia o ex-prefeito de Várzea Grande, Walace Guimarães (PMDB) por ter participado do esquema de fraudes da “Operação Sodoma”. Afirma ainda que Walace só não compunha a organização criminosa supostamente liderada por Silval Barbosa por ter “seus próprios operadores, com seus negócios paralelos”. Zílio também é réu na “Operação Sodoma”, acusado de participação em um esquema de lavagem de dinheiro avaliado em R$ 13 milhões. De acordo com a delação, Walace teria pago R$ 2 milhões em propina, sendo metade para Silval e metade para o próprio Zilio.
Entenda o Caso
O Ministério Público de Mato Grosso denunciou 17 pessoas pelos crimes de fraude em licitação, fraude processual, lavagem de dinheiro e crime contra a administração pública. Entre os denunciados estão o ex-governador SIlval Barbosa, o ex-deputado estadual José Riva e o ex-prefeito de Várzea Grande, Walace dos Santos Guimarães.
São denunciados, ainda, Marcel Souza de Cursi, Pedro Jamil Nadaf, Rodrigo da Cunha Barbosa, Silvio Cezar Correa Araújo,José Jesus Nunes Cordeiro, César Roberto Zílio, Pedro Elias Domingues, Francisco Gomes de Andrade Lima Filho, Karla Cecília de Oliveira,Tiago Vieira de Souza,Fábio Drumond Formiga, Bruno Sampaio Saldanha,Antonio Roni de Liz e Evandro Gustavo Pontes da Silva.
Outro lado
Em entrevista ao Olhar Jurídico nesta semana, o ex-prefeito Walace Guimarães (PMDB) negou ter qualquer envolvimento com o esquema de propinas investigado na Operação Sodoma e desafiou o ex-secretário de Estado Cesar Zilío a provar as acusações feitas em delação premiada. De acordo com ele, seu sigilo fiscal já foi quebrado e suas contas investigadas no processo que o culminou na cassação de seu mandato à frente da Prefeitura de Várzea Grande por caixa 2 nas campanhas eleitorais de 2012.
“Eu não tenho nada com isso. Ele tem que provar. Eu não participei, não fiz parte de nada. Meu sigilo já foi todo esmiuçado, triturado. Eu caí por caixa 2. Apesar de achar que não aconteceu, a Justiça entendeu assim. Já fui investigado”, afirmou o ex-prefeito, em entrevista ao Olhar Jurídico. Walace foi cassado em maio de 2015, pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE).
Ainda sem ter lido a delação de César Zilio, Walace afirma que leu pela imprensa coisas “sem fundamento”, como, por exemplo, o fato dele supostamente ter oferecido dinheiro para o ex-secretário adiantar pagamento às gráficas que lhe dariam dinheiro nas eleições de 2012.
“Falar é fácil. Ele está atirando para todo lado para tentar defender o dele. Ele me acusa de tráfico de influência. Ele fala que eu fui oferecer um milhão de reais para ele pagar às gráficas, mas ele era o dono do cofre. Ele tinha o dinheiro”, comentou. Para ele, Zilio o citou devido a notória relação entre ele e Evandro Gustavo Pontes da Silva, dono de uma gráfica citada nas investigações.
O ex-prefeito conta ainda que sua única relação com César Zílio era institucional. Walace Guimarães foi deputado estadual no mesmo período que Zílio ocupou cargos no primeiro escalão da gestão de Silval Barbosa (PMDB), e que fazia visitas a ele como fez para vários outros secretários de Estado.
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Também foi notificado, no último dia 07, o réu e proprietário da empresa Editora de Liz, Antonio Roni. Segundo César Zílio, ele é quem teria, acompanhado de Evandro Gustavo Pontes, efetuado o pagamento de R$ 2 milhões em cheques, conforme combinado por Walace e Silval.
Contexto
Em delação premiada firmada com a Justiça, o ex-secretário de Estado de Administração (SAD), Cézar Roberto Zílio, denuncia o ex-prefeito de Várzea Grande, Walace Guimarães (PMDB) por ter participado do esquema de fraudes da “Operação Sodoma”. Afirma ainda que Walace só não compunha a organização criminosa supostamente liderada por Silval Barbosa por ter “seus próprios operadores, com seus negócios paralelos”. Zílio também é réu na “Operação Sodoma”, acusado de participação em um esquema de lavagem de dinheiro avaliado em R$ 13 milhões. De acordo com a delação, Walace teria pago R$ 2 milhões em propina, sendo metade para Silval e metade para o próprio Zilio.
Entenda o Caso
O Ministério Público de Mato Grosso denunciou 17 pessoas pelos crimes de fraude em licitação, fraude processual, lavagem de dinheiro e crime contra a administração pública. Entre os denunciados estão o ex-governador SIlval Barbosa, o ex-deputado estadual José Riva e o ex-prefeito de Várzea Grande, Walace dos Santos Guimarães.
São denunciados, ainda, Marcel Souza de Cursi, Pedro Jamil Nadaf, Rodrigo da Cunha Barbosa, Silvio Cezar Correa Araújo,José Jesus Nunes Cordeiro, César Roberto Zílio, Pedro Elias Domingues, Francisco Gomes de Andrade Lima Filho, Karla Cecília de Oliveira,Tiago Vieira de Souza,Fábio Drumond Formiga, Bruno Sampaio Saldanha,Antonio Roni de Liz e Evandro Gustavo Pontes da Silva.
Outro lado
Em entrevista ao Olhar Jurídico nesta semana, o ex-prefeito Walace Guimarães (PMDB) negou ter qualquer envolvimento com o esquema de propinas investigado na Operação Sodoma e desafiou o ex-secretário de Estado Cesar Zilío a provar as acusações feitas em delação premiada. De acordo com ele, seu sigilo fiscal já foi quebrado e suas contas investigadas no processo que o culminou na cassação de seu mandato à frente da Prefeitura de Várzea Grande por caixa 2 nas campanhas eleitorais de 2012.
“Eu não tenho nada com isso. Ele tem que provar. Eu não participei, não fiz parte de nada. Meu sigilo já foi todo esmiuçado, triturado. Eu caí por caixa 2. Apesar de achar que não aconteceu, a Justiça entendeu assim. Já fui investigado”, afirmou o ex-prefeito, em entrevista ao Olhar Jurídico. Walace foi cassado em maio de 2015, pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE).
Ainda sem ter lido a delação de César Zilio, Walace afirma que leu pela imprensa coisas “sem fundamento”, como, por exemplo, o fato dele supostamente ter oferecido dinheiro para o ex-secretário adiantar pagamento às gráficas que lhe dariam dinheiro nas eleições de 2012.
“Falar é fácil. Ele está atirando para todo lado para tentar defender o dele. Ele me acusa de tráfico de influência. Ele fala que eu fui oferecer um milhão de reais para ele pagar às gráficas, mas ele era o dono do cofre. Ele tinha o dinheiro”, comentou. Para ele, Zilio o citou devido a notória relação entre ele e Evandro Gustavo Pontes da Silva, dono de uma gráfica citada nas investigações.
O ex-prefeito conta ainda que sua única relação com César Zílio era institucional. Walace Guimarães foi deputado estadual no mesmo período que Zílio ocupou cargos no primeiro escalão da gestão de Silval Barbosa (PMDB), e que fazia visitas a ele como fez para vários outros secretários de Estado.