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Justiça nega pedido de empresário preso na Rêmora para receber filhos em local especial

Da Redação - André Garcia Santana

Preso por articular um esquema de pagamento de propinas, o empresário Giovani Gizardi teve um pedido de visita especial negado pelo juiz da 2ª Vara de Execuções Penais de Cuiabá, Geraldo Fidelis. Sob a alegação de que a visita dos filhos em um espaço comum do Centro de Custódia de Cuiabá (CCC) poderia “traumatizar” as crianças, ele solicitou o benefício de recebê-las em outro lugar.

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No entanto, na opinião do juíz, não há nada no local que poderia abalar psicologicamente os menores. Além disso, todos os presos e seus familiares passam pela mesma situação, deste modo, também não há motivos para considerar um tratamento diferenciado para a família de Guizardi. “O pedido é impraticável. Todos passam pelo mesmo problema e ele tem o mesmo direito que qualquer pessoa.”

O empresário está preso desde o dia 3 de maio por conta da “Operação Rêmora”. Ele é acusado de articular um esquema de pagamentos de propinas em obras da Secretaria de Estado de Educação (Seduc). Os valores variavam, segundo o Ministério Público Estadual (MPE), entre R$ 400 mil e R$ 3 milhões e o cartel seria formado por mais de 23 empresas que ganhavam contratos e licitações fraudadas junto a Secretaria.

Segundo o Ministério Público Estadual (MPE), a organização criminosa era composta pelo núcleo de agentes públicos, o núcleo de operação e o núcleo de empresários. O primeiro formado pelos servidores Wander Luiz dos Reis, Fábio Frigeri e Moisés Dias da Silva que estariam encarregados de viabilizar as fraudes nas licitações da Seduc mediante recebimento de propina.

Além de Giovani, integravam o núcleo de operação Luiz Fernando da Costa Rondon e Leonardo Guimarães Rodrigues. São eles os mandatários dos servidores públicos e os encarregados de fazer os contatos diretos com os empresários que faziam parte do terceiro núcleo.
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