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Acusado de lavagem de dinheiro quando deputado, Silval Barbosa será interrogado nesta terça-feira

Da Redação - Paulo Victor Fanaia Teixeira

Está marcada para as 13h30 desta terça-feira (05), no Fórum da Capital, a audiência em que será interrogado o ex-governador Silval da Cunha Barbosa. Trata-se de ação penal que, sob condução da juíza Selma Rosane Arruda, da Sétima Vara Criminal, apura sobre supostos crimes de peculato, lavagem de dinheiro e supressão de documentos públicos cometidos por Silval na época em que atuou como deputado na Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT).

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O réu será levado por agentes penitenciários de onde cumpre prisão preventiva desde setembro de 2015, o Centro de Custódia da Capital (CCC). Hoje, tem prisão preventiva decretada por conta da “Operação Sodoma 2”, mas também fora preso por conta da “Operação Sodoma 1” e “Operação Seven”, hoje revogadas. Todas as operações versam sobre cobrança de propina para concessão de incentivos fiscais e lavagem de dinheiro por meio de compras fraudulentas de terras.

Esta ação, em que também figura como indiciado o ex-conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCE) Humberto Bosaipo, versa sobre crimes supostamente ocorridos pelo então parlamentar Silval Barbosa em 2003. A ação já chegou a tramitar no Superior Tribunal de Justiça (STJ), por conta do foro privilegiado que o réu tinha à época, mas fora remetida para o Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT) em 2007, quando deixou funções na Casa. Os crimes elencados pelo MPE prescreveram para Humberto Bosaipo, de modo que, a pedido do Ministério Público Estadual (MPE), ele já não figura como réu. 

Principal acusação feita contra Silval, segundo o MPE, ele teria assinado pagamentos ilegais às empresas Poligráfica Editora Brasileira Ltda, J. P. Marques Editora e Ágil Comunicação e Editora Ltda., entre os meses de março e maio de 2003.

Entre as testemunhas de defesa arroladas pelo réu estão o conselheiro do TCE, Sérgio Ricardo e o deputado estadual, Romoaldo Júnior (PMDB). Entretanto, por prerrogativa de função, podem escolher data, horário e legal para realização de suas oitivas, o que ainda não foi feito.

A última audiência referente a ação ocorreu em 1º de junho, entretanto, ocorreu sem a presença do ex-governador, pois os servidores do CCC, que compõem o Sindicato dos Servidores Penitenciários do Estado de Mato Grosso (Sindspen), realizavam greve geral por tempo indeterminado, de modo que não foi permitida a saída do réu.
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