Imprimir

Notícias / Criminal

Juiz determina que PM acusado de compor grupo de extermínio seja transferido para presídio especial

Da Redação - Arthur Santos da Silva

 O juiz Otávio Peixoto, da Primeira Vara Criminal de Várzea Grande, determinou que o policial militar Vagner Dias Chagas, acusado de compor um grupo de extermínio, seja transferido para uma prisão especial. A medida evitará o contato do PM com presos condenados.

Leia mais:
PM acusado de compor "Grupo de Extermínio" pede liberdade no TJMT


A decisão, do dia 7 de julho, levou em consideração o habeas corpus julgado como parcialmente procedente pela Primeira Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de Mato Grosso. “Concedo parcialmente a ordem para determinar a transferência do paciente para prisão especial, em local separado de onde estão os presos condenados, ou, não sendo possível, para quartel da Polícia Militar, a ser cumprida pelo juízo singular”, afirmou o desembargador Marcos Machado, um dos membros da câmara.

Cumprindo o que foi determinado, Chagas será transferido para o presídio militar de Santo Antonio de Leverger.

O PM é acusado de compor um grupo de extermínio responsável por uma onda de assassinatos a jovens do bairro Cristo Rei, em Várzea Grande. O réu está preso desde o dia 26 de abril.

A defesa do réu, representada pelo advogado Anderson Rossini Pereira, manifestou não haver requisitos necessários para a ordem de prisão. Alegou, ainda, que a detenção fere a legalidade. Vagner Dias Chagas foi preso por conta da “Operação Mercenários”, deflagrada no mesmo dia de sua prisão, pela Polícia Militar de Mato Grosso.

Além do requerente, outras 16 pessoas foram formalmente acusadas de compor um ‘Grupo de Extermínio’. Entre os detidos estão seis policiais militares e seis vigilantes.

A maioria das ordens de prisão foram cumpridas no bairro Cristo Rei, alvo de inúmeros crimes que possuem o mesmo modo de atuação, homens encapuzados que chegam em veículos e disparam. Normalmente, as vítimas são homens e com idade entre 18 e 25 anos e têm passagens pela polícia.


Imprimir