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Segunda Câmara retoma julgamento de HC de suposto "braço armado" de Silval nesta quarta-feira

Da Redação - Paulo Victor Fanaia Teixeira

A Segunda Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT) deverá julgar na tarde nesta quarta-feira (20) o recurso de habeas corpus protocolizado pelo suposto “braço armado” do ex-governador Silval Barbosa, o policial militar José de Jesus Nunes Cordeiro, preso preventivamente pela “Operação Sodoma 3”.

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O HC seria apreciado no último dia 13, entretanto foi adiado por conta da ausência do desembargador, Pedro Sakamoto, que julga como Primeiro Vogal deste recurso.

Jesus Cordeiro era responsável por licitações na Secretária de Administração. A tarefa correspondia ao cargo de secretário adjunto que o PM ocupava. Para a juíza Selma, porém, o nome era mais uma peça com papel definido no grupo criminoso liderado pelo ex-governador.

“[...] não se exija que os autos demonstrem que cada um dos investigados tenha ameaçado testemunhas. E óbvio que em uma organização criminosa nem todos os membros agem com truculência: tal tarefa geralmente é delegada a quem tem mais propensão para esse tipo de delito, que no caso era o policial militar e ocupante de cargo de confiança [...]”, afirma a magistrada.

A terceira fase da "Operação Sodoma" foi desencadeada após depoimento prestado por Willians Paulo Mischur, dono da empresa Consignum. Mischur afirmou que teria sido obrigado a pagar pelo menos R$ 500 mil por mês para garantir a manutenção do seu contrato junto ao governo do estado.

Na Sodoma, em um primeiro momento, a Delegacia Fazendária denunciou um esquema valorado em aproximadamente R$ 2,6 milhões em incentivos fincais. A segunda fase revelou uma suposta transação de compra de um terreno para ocultar R$ 13 milhões em extorsão.
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