Em depoimento prestado na sede do Grupo de Atuação e Combate ao Crime Organizado (Gaeco) nesta segunda-feira (25), o empreiteiro Esper Haddad Neto contou que o empresário Giovani Guizardi confirmou com um “aceno de mão” a informação de que o secretário de educação, Permínio Pinto, sabia do esquema de cobrança de propina na Seduc-MT.

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No depoimento, de acordo com o advogado de defesa Bruno Alegria, Esper Haddad disse ao Ministério Público Estadual (MPE) que foi a uma reunião marcada com Permínio Pinto para confirmar se o esquema de cobrança de propina na secretaria realmente estaria em pleno funcionamento.

“Ele [Esper Haddad] confirmou ao MPE que ele e outros empresários tentaram conversar com o secretário porque não concordavam com o pedido de propina, mas não foram recebidos”, contou o advogado Bruno Alegria após o fim do depoimento de seu cliente na sede do Gaeco.

De acordo com o advogado, Esper e os demais empresários supostamente envolvidos nas fraudes não acreditavam que o Giovani Guizardi (apontado como um dos líderes do esquema) teria tanta influência sobre o secretário de educação a ponto de articular as cobranças.

Guizzardi foi apotado pelo MPE como líder da organização criminosa que visava leiloar obras públicas em troca de pagamento de propina. De acordo com Esper, Giovanni foi questionado pelo empresário Luiz Fernando Rondon sobre se o secretário sabia ou não do esquema. A pergunta do empresário, que é sogro de Esper Haddad e dono da empresa Luma Construtora, foi feita durante uma reunião realizada com diversos empresários, na casa de Giovani Guizardi. A resposta, segundo Esper, foi uma confirmação com um aceno de mão.