Preso na tarde de quarta-feira (14) pelo Gaeco na operação “Grão Vizir”, o empresário Alan Malouf ainda não foi ouvido e seu depoimento deve acontecer até a próxima segunda-feira (19). Neste momento, o Gaeco ainda está analisando as provas coletadas na operação, que é uma continuação da Rêmora, deflagrada neste ano contra fraudes na Secretaria de Educação.

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O promotor Marco Aurélio Castro, coordenador do Gaeco, afirmou em entrevista nesta quinta-feira (15) que ainda não pode revelar o que foi apreendido na última etapa. “Estamos em fase de análise”, resumiu. “Ele [Alan Malouf] não foi ouvido e nós iremos ouvi-lo, mas possivelmente será entre amanhã e segunda-feira, que é o nosso prazo para oferecimento de denuncia”.

“O Ministério Público sempre fala o que fez e nunca o que vai fazer”, desconversou, sobre os novos rumos da investigação. Ele ainda afirma que não foi notificado de qualquer possível acordo entre Malouf e a Justiça. Após a operação ter sido deflagrada, o próprio empresário se apresentou diretamente à Sétima Vara Criminal, em Cuiabá, e não foi encaminhado para o presídio, e sim para o Serviço de Operações Especiais (SOE).

“Confesso a vocês que eu não tenho ciência do motivo [pelo qual o empresário foi encaminhado ao SOE], o nosso pedido era genérico, PCE, que é onde todo mundo vai, agora consta uma deliberação judicial e eu vou ser intimado disso e vou tomar conhecimento. É obvio que se tiver algo em sigilo, ele será mantido em sigilo, mas por hora não há nada. Não vai para o SOE só quem quer colaborar”.

O Gaeco deflagrou na tarde de quarta-feira a terceira fase da Operação Rêmora, denominada “Grão Vizir”. Outros dois mandados de busca e apreensão e condução coercitiva também foram cumpridos. Esta etapa aconteceu após o empresário Giovani Guizardi ter firmado acordo de colaboração no qual citou Alan Malouf como um dos cabeças do esquema.