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Maksuês Leite é arrolado pela acusação em ação sobre lavagem de dinheiro por João Emanuel

Da Redação - Paulo Victor Fanaia Teixeira

Arrolado pelo Ministério Público Estadual (MPE), o ex-deputado Estadual e ex-apresentador de TV, Maksuês Leite, deverá ser ouvido pela juíza Selma Rosane Arruda, às 13h30 desta terça-feira (31), na Sétima Vara Criminal. Trata-se da ação penal que julga o ex-vereador João Emanuel Moreira Lima por suposta lavagem de dinheiro na Câmara de Cuiabá. No polo passivo desta ação figuram outros quatro acusados: Guedey Araújo, Luciano Cândido Amaral, Lucas Henrique do Amaral e Gleisy Ferreira de Souza.

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Maksuês Leite foi arrolado pela acusação em substituição ao deputado Mauro Savi, que inicialmente fora o escolhido para a oitiva. Ao Olhar Jurídico, o promotor do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), Marcos Bulhões, confirmou ter solicitado Maksuês Leite para subsidiar a acusação na fase de instrução e julgamento desta ação penal.

Segundo o Ministério Público Estadual (MPE), a ação envolve a empresa Propel Comércio de Materiais Ltda. ME e seu sócio proprietário Gleisy Ferreira De Souza. Consta que um Inquérito Civil e um Procedimento Investigatório Criminal apuraram desvios de verbas públicas da Câmara de Vereadores de Cuiabá. O desvio consistia na simulação de entrega de materiais e de prestação de serviços gráficos realizados pela empresa Propel Comércio de Materiais Ltda. ME.

O MPE acrescenta que, em outra ação, apuram-se supostos desvios da Câmara de Vereadores de Cuiabá no montante de R$ 1.542.075,76. O Inquérito Policial investigativo concluiu que grande parte do valor desviado dos cofres públicos foi utilizado no pagamento de dívidas e ostentações pessoais de João Emanuel, como passagens aéreas internacionais para sua família, aquisição de veículo de luxo e reforma de residência familiar, bem como de despesas da empresa Propel Comércio de Materiais Ltda. ME, de propriedade de GLEISY Ferreira Souza e Maksuês Leite.

Em outra ação penal, também na Sétima Vara, João Emanuel foi quem recebeu a maior pena, 18 anos de prisão em oito acusações de peculato. Ele deverá pagar ainda 305 dias-multa. Gleisy Ferreira de Souza, pelos crimes de peculato em continuidade delitiva, fatos praticados em concurso material (notas fiscais) e falsidade idelógica, recebeu pela de 14 anos, 10 meses e 249 dias-multa.

Além destes, a testemunha Maksuês Leite também foi condenada, nesta ação em que figura como corréu do ex-vereador. O ex-apresentador de TV teve pena fixada em 04 anos, 01 mês e 20 dias além do pagamento de 67 dias multa pelos crimes de peculato e falsidade ideológica.

O outro lado:

Ao Olhar Jurídico, Maksuês Leite negou que estivesse arrolado para audiência nesta terça-feira, disse que não recebeu qualquer intimação e que esta ação penal já, inclusive, está em fase de sentença. 

Em um segundo contato, o Promotor Marcos Bulhões esclareceu que a testemunha foi, sim, arrolada e que possivelmente se confunde com outra ação penal, que, de fato, já possui sentença. Essa, todavia, seria outra, que versa exclusivamente sobre lavagem de dinheiro. 

A assessoria do Tribunal de Justiça ainda não confirmou se a intimação chegou à testemunha. 
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