Imprimir

Notícias / Criminal

Suspeitos de morte de universitário são soltos e juíza determina que major entregue arma

Da Redação - Wesley Santiago

A juíza Luciene Kelly Marciano Roos, da 2ª vara da Comarca de Nova Xavantina, colocou em liberdade os três suspeitos da morte do universitário Renan Luna, de 22 anos, atingido com um disparo de arma de fogo na cabeça, em uma festa de calouros, no município supracitado. A magistrada ainda aplicou medidas cautelares em desfavor de Adriano Junior Borges, Marcio Rodrigues da Silva e Leonardo Antunes Xavier da Silva. Por fim, determinou que o major da PM Roosevelth Fabiano Escolástico, que também está envolvido no episódio.

Leia mais:
Corregedoria apura se disparo que matou estudante foi feito por major
 
A magistrada entendeu que “não estão presentes os requisitos para a decretação da custódia cautelar dos autuados, posto que os crimes que lhes são imputados possuem pena abstrata, somada, inferior a quatro anos de reclusão” e que “não há indícios de que soltos os flagranteados poderão colocar em risco a ordem pública, a instrução criminal ou mesmo a aplicação da lei penal”.
 
Por isso, concedeu liberdade provisória aos suspeitos e determinou as seguintes condições: todos terão de comparecer mensalmente em juízo, no dia 10 de cada mês, para informar e justificar suas atividades, além de estar presente toda vez que foram intimados a fazê-lo. Além disto, estão proibidos de mudar de residência sem prévia comunicação ao juízo e de se ausentar por mais de cinco dias de suas casas sem comunicar onde podem ser encontrados. Por fim, não podem manter contato com as testemunhas dos fatos.
 
O Ministério Público Estadual reconheceu a presença dos requisitos autorizadores da decretação da prisão preventiva do major, mas defendeu a aplicação de medidas cautelares alternativas à custódia. O que foi acatado pela juíza. Sendo assim, foram aplicadas as seguintes medidas cautelares: Proibição de conduzir ou participar de qualquer tipo de investigação sobre o caso em análise; Entregar à Autoridade Policial sua arma PT 100, calibre 40 para que seja submetida a perícia e Proibição de manter contato com as testemunhas do homicídio a ser apurado.
 
A juíza ainda instaurou inquérito policial para apurar as responsabilidades do policial.
 
O caso
 
A Polícia investiga se a morte do estudante Renan Luna, 22, atingido por uma bala perdida na madrugada de domingo (9), foi causada por disparos feitos da arma de um major da Polícia Militar (PM) ou de criminosos com quem ele trocou tiros no local. O homicídio foi registrado em uma festa na cidade de Nova Xavantina (607 km de Cuiabá), depois que o militar, Fabiano Roosevelth Escolástico, tentou deter suspeitos por tráfico de droga em um banheiro.
 
Renan é filho do empresário Vando Luna, dono da loja Luna Modas e neto do fazendeiro João Luna. A família é de Reginópolis (SP). A Polícia Militar (PM) instaurou inquérito para investigar qual o envolvimento do major da 3ª Companhia da PM.
 
Ouvido pela Polícia Civil no domingo (9), o major da Polícia Militar (PM) Fabiano Roosevelt Escolástico nega que o disparo que vitimou o estudante Renan Luna, 22, morto por uma bala perdida, tenha saído de sua arma. Ao Olhar Direto, o militar contou que depois da ocorrência, na qual três criminosos foram presos, ele e sua família vêm recebendo ameaças de membros da facção criminosa Comando Vermelho.
Imprimir