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Arrolado pelo MPE, filho de Nadaf depõe em ação sobre desvio de R$ 15,8 milhões

Da Redação - Paulo Victor Fanaia Teixeira

A juíza da Sétima Vara Criminal, Selma Rosane Arruda, inicia na tarde desta terça-feira (18) a ação penal oriunda da “Operação Sodoma 4”, que investiga o desvio de R$ 15,8 milhões por meio de uma desapropriação de terra no Bairro Osmar Cabral, em Cuiabá, pela suposta organização criminosa liderada pelo ex-governador do Estado Silval da Cunha Barbosa, no ano de 2014.  Serão ouvidas três testemunhas, sendo um deles o delator premiado Filinto Muller e Pedro Jamil Nadaf Filho, filho do homônimo ex-chefe da Casa Civil.

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As três testemunhas que serão ouvidas hoje foram arroladas pelo Ministério Público Estadual (MPE) e portanto, subsidiarão as acusações. O mais importante deles é Filinto Muller, empresário proprietário da SF Assessoria e Organização de Eventos, empresa que teria movimentado dinheiro em prol do grupo criminoso neste esquema de fraudes. Muller firmou um acordo de delação premiada para todas as ações penais da “Operação Sodoma”, sendo sempre chamado pela acusação à depor e revelar detalhes de sua participação no esquema.

Adiante, será ouvida Maria Auxiliadora de Moraes, testemunha que também foi arrolada pelo réu Silvio Cezar Corrêa Araújo, ex-chefe de gabinete de Silval Barbosa e por fim, o filho do ex-chefe da Casa Civil Pedro Jamil Nadaf. Ele será ouvido na qualidade de testemunha de acusação e, portanto, deverá depor contra seu próprio pai.

Serão ouvidos nos dias seguintes:

Dia 20 de abril de 2017— testemunhas arroladas pelas defesas do réu Arnaldo Alves de Souza Neto:

- Regiane Berchiela
- Carla Cristina Araújo Vasques Moreno
- Vinia Stocco
- Naldymar Nascimento Rosa
- Alexandra C. Mensch Fachone (comum à defesa de Marcel Souza de Cursi)
 
Dia 24 de abril de 2017 — testemunhas arroladas pelas defesas do réu Francisco Gomes de Andrade Lima Filho:

- José Vitor da Cunha Gargalione (Procurador do Estado aposentado)
 - Arnaldo da Guia Taques (comum à defesa de Marcel Souza de Cursi)
- Sebastião Faria (comum à defesa de Marcel Souza de Cursi)
 - Ayrton Lellis Raffa Junior
 - Beatriz D’Ambros
 
Dia 25 de abril de 2017 — testemunhas arroladas pelas defesas do réu Alan Ayoub Mallouf:

- Silbene Mello Moreira
- Gracieli Pizzatto
- Aline Herane Ziolkowski
- Ewerton Maiko Nunes
- Eronir Alexandre
- Juares Silveira Samaniego
 
Dia 26 de abril de 2017 — testemunhas arroladas pelas defesas do réu Levi Machado De Oliveira:

- Ademir Campos Martins
- Roosevelt Alves Filho
- Valdir Simão
- Fernando Siqueira
- José Alves Pereira Filho
 
Dia 05 de maio de 2017 — ocasião em que deverão serão interrogados os réus:

- Afonso Dalberto
- Antonio Rodrigues Carvalho   
- João Justino Paes de Barros
 
Dia 16 de maio de 2017 — ocasião em que serão interrogados os réus:

- Pedro Jamil Nadaf
- Silval da Cunha Barbosa
- Marcel Souza de Cursi
 
Dia 18 de maio de 2017 — ocasião em que serão interrogados os réus:

- Franciso Gomes de Andrade Lima Filho
- Silvio Cezar Correa Araujo
- Arnaldo Alves de Souza Neto
 
Dia 26 de maio de 2017 — ocasião em que deverão serão interrogados os réus:

- Levi Machado de Oliveira
- Alan Ayoub Malouf
- Valdir Agostinho Piran
 
Operação Sodoma 4:

De acordo com as investigações, a organização criminosa liderada pelo ex-governador teria desapropriado um imóvel no valor total de R$ 31.715.000,00, localizado Bairro Osmar Cabral, em Cuiabá. O dinheiro teria sido desviado em benefício da quadrilha. De todo o valor pago pelo Estado pela desapropriação, metade, ou seja, R$ 15.857.000,00 retornaram via empresa SF Assessoria e Organização de Eventos, de Propriedade de Filinto Muller em prol do grupo criminoso.

Segundo a Defaz, a maior parte do dinheiro desviado no montante de R$ 10.000.000,00 pertencia a Silval Barbosa, ao passo que o remanescente foi dividido entre os demais participantes, no caso Pedro Nadaf, Marcel De Cursi, Arnaldo Alves de Souza Neto, Afonso Dalberto e Chico Lima.
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