O coronel da Polícia Militar Jorge Catarino Morais Ribeiro pediu no dia 10 de julho a prorrogação do inquérito policial militar sobre o suposto esquema de escutas ilegais em Mato Grosso.
Leia mais:
MPE quer arquivamento sobre caso dos grampos; OAB reage e busca decisão no plenário
Jorge Catarino também pediu segurança para proteger sua família no relatório preliminar a respeito das investigações. As informações foram confirmadas por advogados de policiais militares envolvidos no caso.
Em conseqüência do inquérito, foram presos o ex-comandante da Polícia Militar Zaqueu Barbosa, o cabo Gerson Luiz Ferreira Correa Júnior, o secretário afastado da Casa Militar do Estado, coronel Evandro Lesco, o secretário-adjunto afastado da Pasta, coronel Ronelson Jorge de Barros, o tenente-coronel Januário Batista e o cabo Euclides Torezan.
Sobre o mesmo caso, foram instaurados procedimentos investigatórios na Procuradoria Geral da República (PGR), e no Tribunal de Justiça de Mato Grosso.
o caso
Reportagem do programa "Fantástico", da Rede Globo, revelou na noite de 14 de maio que a Polícia Militar em Mato Grosso “grampeou” de maneira irregular uma lista de pessoas que não eram investigadas por crime.
A matéria destacou como vítimas a deputada estadual Janaína Riva (PMDB), o advogado José do Patrocínio e o jornalista José Marcondes, conhecido como Muvuca. Eles são apenas alguns dos “monitorados”.
O esquema de “arapongagem” já havia vazado na imprensa local após o início da apuração de Fantástico.
Barriga de aluguel
Os grampos foram conseguidos na modalidade “barriga de aluguel”, quando investigadores solicitam à Justiça acesso aos telefonemas de determinadas pessoas envolvidas em crimes e no meio dos nomes inserem contatos de não investigados.
Neste caso específico, as vítimas foram inseridas em uma apuração sobre tráfico de drogas.