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Notícias / Criminal

Maggi reage a negativa de Cármen Lúcia e pede delação de Silval diretamente a relator

Da Redação - Arthur Santos da Silva

O ex-governador de Mato Grosso e atual ministro da agricultura Blairo Maggi (PP) se mostrou disposto a esclarecer as acusações feitas pelo também ex-governador e agora criminoso confesso, Silval Barbosa.
 
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Nesta terça-feira (15) a ministra Cármen Lúcia negou autorização para que Maggi tenha acesso automático a qualquer procedimento sigiloso que envolva seu nome na Justiça. Prontamente o progressista requereu a Luiz Fux que lhe seja permitido o acesso à delação de Barbosa.
 
O ministro Fux, responsável por homologar a delação de Silval, ainda não examinou o requerimento de Maggi.
 
Conforme especulação midiática, pesa contra o progressista a acusação de pagamento feito ao ex-secretário de Estado Eder Moraes para que um depoimento ao Ministério Público fosse moldado.

O próprio Eder Morais, suposto beneficiado pelo pagamento, negou nesta terça-feira (15) qualquer manobra para ludibriar o órgão ministerial. O ex-secretário de Estado afirmou que Silval não possui uma "correta" estrutura psicológica.
 
O pedido no Supremo Tribunal Federal visa o conhecimento necessário para municiar Blairo Maggi contra qualquer acusação.

O ministro pretende montar uma verdadeira estratégia de blindagem contra insinuações de criminosos em busca de prêmios previstos na lei de delação.

Delações contra Maggi

Maggi também foi citado nas colaborações premiadas na Operação Lava Jato firmadas por João Antônio Pacífico Ferreira  e Pedro Augusto Carneiro Leão Neto, membros da diretoria da construtora Odebrecht.
 
Conforme as delações premiadas, o ministro teria recebido R$ 12 milhões para a campanha ao governo de Mato Grosso em 2006.
 
Os repasses eram implementados por meio do Setor de Operações Estruturadas do Grupo Odebrecht. Na lista suja, o ex-governador aparece com o apelido de “Caldo”. Além de Maggi (Caldo), José Orcírio Miranda dos Santos, candidato ao governo do estado do Mato Grosso do Sul, também no ano de 2006, é citado pelos mesmos diretores.

O ex-secretário de Casa Civil de Mato Grosso, Pedro Nadaf, também firmou termo de colaboração premiada com o procurador-geral da República, Rodrigo Janot. A delação foi homologada em março de 2017 pelo ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal.
 
Especulações afirmam que Nadaf citou possíveis crimes cometidos por Blairo Maggi e pelo deputado federal Carlos Bezerra (PMDB).
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