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Conselho nega pedido de Taques para afastar Zaque de investigações e processos contra membros do Paiaguás

Da Redação - Arthur Santos da Silva

O Ministério Público, na figura de seu Conselho Superior, julgou improcedente pedido que buscava proibir o promotor de Justiça Mauro Zaque de atuar em qualquer procedimento em face do governador Pedro Taques e seus secretários de Estado.

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O requerimento partiu do próprio Pedro Taques. Mauro Zaque, que chegou a ser Secretário de Segurança da atual gestão, foi o responsável por denunciar grampos ilegais em Mato Grosso, atingindo diretamente a figura do governador.
 
Conforme o chefe do poder Executivo, Zaque deveria ser impedido de investigar e processar membros da gestão. O promotor nutriria, segundo informado no requerimento administrativo, um tipo de “animosidade” contra o grupo político da Palácio Paiaguás.
 
Ao se defender, Mauro Zaque salientou que o Conselho do Ministério Público não poderia julgar pedido administrativo de suspeição.
 
O membro do órgão ministerial disse ainda que Taques não poderia oferecer procedimento em nome de terceiros.
 
No mérito, Mauro Zaque esclareceu que os argumentos do governador careciam de comprovação, sendo apenas mera conjectura própria.
 
Ao examinar a questão, o Conselho do Ministério Público salientou que o requerimento não deveria ser conhecido. A arguição de impedimento e suspeição deveria ter sido apresentada ao presidente do Inquérito Civil nos respectivos autos responsáveis por investigar os interessados.
 
Não há, porém, procedimento em trâmite na promotoria de Mauro Zaque em face do Governador do Estado de Mato Grosso.
 
Da mesma forma, segundo o conselho, não foi conhecido o pleito aos secretários de Estado, pois Pedro Taques não possui o direito de requerer o afastamento do promotor usando nomes de terceiros.
 
Segundo informado, caso desejem, cada secretário deverá formalizar pedido nos autos das investigações em curso.

Os grampos

Atualmente a investigação sobre os grampos está tramitando no Superior Tribunal de Justiça, a pedido do próprio governador Pedro Taques.
 
Personagens como Paulo Taques, ex-secretário de Casa Civil e Rogers Jarbas, ex-secretário de Segurança, chegaram a ser presos preventivamente.
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