Imprimir

Notícias / Criminal

Tenente acusada de tortura e morte vai a julgamento; juiz decide sobre processo militar

Da Redação - Paulo Victor Fanaia Teixeira

O juiz da Sétima Vara Criminal de Cuiabá, Marcos Faleiros da Silva, dá inicio às 14h desta sexta-feira (26) a audiência de instrução e julgamento da tenente do Corpo de Bombeiros Militar de Mato Grosso Isadora Ledur. 

A ação julga a militar por crime de tortura resultante na morte do aluno-soldado da instituição, Rodrigo Claro, de 21 anos. Após intensivos treinamentos, o rapaz acabou falecendo em novembro de 2016, após internação em unidade hospitalar da capital. 

A audiência, entretanto, corre o risco de ser adiada. Isto pois o Ministério Público Estadual (MPE) pede que os autos sejam remetidos à 11ª Vara Criminal. O pedido será analisado por Faleiros no início da audiência. 

Leia mais:
MPE não descarta guerra jurídica e avisa que recorrerá de eventual liberdade a Arcanjo

Figuram ainda como réus no processo: Marcelo Augusto Carvalho, Thales Emmanuel da Silva Pereira e Eneas de Oliveira Xavier, Francisco Alves de  Barros  e Diones Nunes Siqueira.  A mãe do aluno soldadol, Jane Patrícia Claro, será assistente de acusação no processo. 

Uma das testemunhas arroladas no processo será a delegada Juliana Chiquito  Palhares, da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP). A policial foi a responsável pela condução do inquérito sobre o caso. Também são testemunhaso médico neurocirurgião, Roger Thomaz Rotta Medeiros e   a médica, Nathalia Leite Oliveira Zeitoun. 

Rodrigo ficou internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e morreu em novembro do ano passado. Ele teria sido dispensado no final do treinamento, após reclamar de dores na cabeça e exaustão. O Corpo de Bombeiros informou que já no Batalhão ele teria e queixado das dores e foi levado para a policlínica em frente à instituição.

Ali, sofreu duas convulsões e foi encaminhado em estado crítico ao Jardim Cuiabá, onde permaneceu internado em coma até falecer em 16 de novembro. O corpo de Rodrigo foi encaminhado ao Instituto Médico Legal, mas análise preliminares não apontaram a real causa da morte e por isso exames complementares serão realizados, de acordo com a perícia criminal.
Imprimir