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Notícias / Criminal

Depoimento de ex-comandante da PM reforça acusação na Grampolândia, avalia MP

Da Redação - Carlos Gustavo Dorileo / Da Reportagem Local - Paulo Victor Fanaia Teixeira

Na primeira parte da segunda audiência do caso conhecido como ‘grampolândia pantaneira’, ocorrida na 11ª Vara Militar na manhã desta sexta-feira (2), o ex-comandante da Polícia Militar, coronel Nerci Adriano Denardi relatou que a alta cúpula da corporação não tomou conhecimento da criação do Núcleo de Inteligência da PM.

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O coronel foi um dos militares arrolados como testemunha de defesa do cabo da PM Gerson Corrêa Júnior, único réu preso no processo. Ele confirmou ao juízo que se houve de fato um Núcleo de Inteligência na PM, ele era clandestino.

Para o Ministério Público, o depoimento reforça a tese da acusação de que os militares envolvidos no caso dos grampos agiram de forma independente, porém o processo ainda está em fase inicial e outras provas precisam ser colhidas.

“Ainda é prematuro, vamos aguardar o desfecho da ação penal. Foi uma declaração do então comandante geral, dizer que ele não tinha conhecimento da instalação desta agência de investigação. Isso por si só não desnatura e não pode se levar a uma avaliação precoce se a agencia de investigação era efetivamente à margem da lei”, disse o promotor Allan Sidney do Ó Souza.

“Temos que avaliar dentro do contexto. É um processo de 17 volumes, cada volume tem 200 folhas, o que dá mais de 3 mil páginas. Não podemos pegar uma frase dessa destacada, divorciada de todo um contexto de uma constelação. Temos que de fato aguardar o término das oitivas das testemunhas, depois os interrogatórios dos acusados, para que a gente possa ter uma analise mais completa”, analisou.

A audiência com as testemunhas de defesa do cabo Gerson continua durante a tarde. Além dele, também são réus no processo o ex-comandante da Polícia Militar, coronel Zaqueu Barbosa; os coronéis Ronelson Barros e Evandro Lesco , e o ex-chefe e ex-adjunto da Casa Militar, coronel Januário Batista.
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