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Notícias / Criminal

Zaqueu diz ter cancelado cirurgia por conta da 'Grampolândia' e pede para não ser interrogado

Da Redação - Paulo Victor Fanaia Teixeira

A defesa do coronel da Polícia Militar Zaqueu Barbosa solicitou ao juiz da 11ª Vara Criminal de Cuiabá, Murilo Mesquita Moura, para que seu interrogatório não aconteça nesta sexta-feira (27). O réu alega problemas de saúde. O pedido foi assinado no último dia 25 pelos advogados Francisco de Assis do Rêgo Monteiro Rocha Júnior e João Rafael de Oliveira.

A "Grampolândia Pantaneira" investiga e julga a participação de cinco policiais militares no esquema de grampos clandestinos ocorrido durante o atual governo.

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No último dia 23, o requerente foi intimado da sessão designada para o dia às 13h30 de hoje, para seu interrogatório e dos demais acusados. Entretanto, conforme laudo médico apresentado pela defesa, o requerente sofre Hérnia Inguinal e Cisto de Cordão Espermático a Direita, "enfermidade cujo tratamento é feito, necessariamente, por meio de procedimento cirúrgico", alega a defesa.

"Referida cirurgia do requerente já estava agendada para o dia 26/07/2018 às 18h00 – desde o dia 12/07/2018 – e foi cancelada pelo requerente para que não impossibilitasse o seu comparecimento ao ato designado por este Douto Juízo", assevera.

Assim, "sem prejuízo à sessão já designada, requer-se a Vossa Excelência seja designada nova data para o interrogatório do requerente, após o procedimento cirúrgico necessário para o tratamento da referida enfermidade, caso o pedido anteriormente protocolado de suspensão do trâmite, que será apreciado, venha a ser indeferido".

O pedido deverá ser julgado no início da audiência desta sexta-feira (27). 

Ação retoma após 72 dias:


O processo havia sido suspenso pelo desembargador Luís Ferreira da Silva, no dia 06 de abril. A solicitação foi protocolada pela defesa do cabo Gérson Corrêa Júnior, argumentando que os militares Luiz Claudio Monteiro da Silva e Valdemir Benedito Barbosa (que integram Conselho de Sentença) emitiram julgamento de mérito antes do momento apropriado, durante suas manifestações em audiência.
 
Em maio de 2017 o esquema dos grampos veio à tona com reportagem publicada pelo Fantástico. O esquema foi concebido na modalidade “barriga de aluguel”, quando investigadores solicitam à Justiça acesso aos telefonemas de determinadas pessoas envolvidas em crimes e no meio dos nomes inserem contatos de não investigados.
 
Neste caso específico, as vítimas foram inseridas e uma apuração sobre tráfico de drogas. O ex-secretário de Segurança Pública, Mauro Zaque, afirmou que informou ao governador do Estado sobre o esquema e Pedro Taques, em coletiva à imprensa, afirmou que é vítima de vingança pessoal e determinou ainda imediata apuração do esquema.
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