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Giraldelli diz que não entende recados de Selma contra cassação: ‘sei lá o que está querendo dizer’

Da Redação - Arthur Santos da Silva/ Vinicius Mendes

Presidente do Tribunal Regional Eleitoral (TRE), o desembargador Gilberto Giraldelli continuou defendendo nesta segunda-feira (16) a lisura do processo que cassou a senadora Selma Arruda (Pode). O desembargador afirmou que não entendeu sobre o recado dado pela parlamentar logo após julgamento. Selma afirmou que sua cassação foi uma mensagem ao ministro Sérgio Moro e ao procurador Deltan Dallagnol, para que eles não entrem para a política.
 
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“Eu sei lá o que ela está querendo dizer com isso. Ela que tem que explicar. Eu não tenho como explicar”, afirmou o presidente do Tribunal Regional Eleitoral nesta segunda-feira (16), durante solenidade de posse no Tribunal de Contas da União.
 
O magistrado explicou que não considera um erro a possibilidade de juiz aposentado concorrer a cargos políticos. Giraldelli, porém, cobrou respeito às normas. “Pode ser até naturalmente possível. Como qualquer cidadão brasileiro. Desde que ele preencha os requisitos. Faz parte. Se ele estiver preenchendo, filiado, mas tudo ao seu tempo. Se ele está no Judiciário é Judiciário. Ele tem que vestir a camisa e decidir como manda o figurino”.
 
O Pleno do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), por maioria, acatou decisão do TRE e manteve a cassação da senadora Selma Arruda em sessão do dia 10 de dezembro, declarando-a inelegível por oito anos. 
 
O TSE constatou que Selma Arruda omitiu fundos à Justiça Eleitoral, que foram aplicados, inclusive, no pagamento de despesas de campanha em período pré-eleitoral. Esses valores representariam 72% do montante arrecadado pela então candidata, o que caracterizaria o abuso do poder econômico e o uso de caixa dois.
 
Entre as irregularidades apontadas, o TRE destacou que a senadora eleita teria antecipado a corrida eleitoral ao realizar nítidas despesas de campanha, como a contratação de empresas de pesquisa e de marketing em período de pré-campanha eleitoral, o que a legislação proíbe. 
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