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Notícias / Criminal

Conselho militar mantém PM liberado para acessar sistema de registro de armas

Da Redação - Arthur Santos da Silva

Conselho Especial da Décima Primeira Vara Criminal Especializada em Justiça Militar de Cuiabá manteve revogação de medida cautelar que impedia o tenente coronel Sadá Ribeiro Parreira de ter acesso com usuário e senha ao Sistema de Computadores da Polícia Militar do Estado de Mato Grosso, incluindo os sistemas de inteligência, informação e logístico.

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A decisão é do dia 22 de janeiro. Audiência foi presidida pelo juiz de Direito Marcos Faleiros. Sadá é réu em ação proveniente da Operação Coverage, que desvendou adulteração de registros de armas. O Ministério Público de Mato Grosso (MPE) ofereceu denúncia criminal contra cinco oficiais da Polícia Militar em setembro de 2019.
 
Além de Sadá, foram denunciados o 2º tenente Cleber de Souza Ferreira, o tenente Thiago Satiro Albino, o tenente coronel Marcos Eduardo Ticianel Paccola e o Terceiro sargento Berison Costa e Silva.
 
Os denunciados respondem pelos crimes de organização criminosa, embaraço de investigação em três inquéritos, falsidade ideológica, fraude processual e inserção de dados falsos em sistema de informações.

Além da condenação pelos crimes praticados, o Ministério Público requereu que, ao final da ação penal, seja decretada a perda definitiva do cargo público dos cinco réus.
 
Consta da denúncia que os oficiais militares utilizaram seus cargos e funções para fomentar esquema criminoso voltado à adulteração de registros de armas de fogo, mediante falsificação documental e inserção de dados falsos em sistema informatizado.
 
Uma das armas de fogo, que teve o registro adulterado, adquirida por um dos denunciados, segundo o Ministério Público, teve como objetivo ocultar a autoria de sete crimes de homicídios, sendo quatro tentados e três consumados, ocorridos entre os anos de 2015 e 2016, praticados pelo grupo criminoso conhecido como Mercenários.
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