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Laudo de balística não difere do que disse a adolescente que disparou, argumenta advogado

Da Redação - Isabela Mercuri

O advogado da família Cestari, Ulisses Rabaneda, afirmou que o resultado dos laudos de local de fato e balística do caso que levou à morte de Isabele Guimarães Ramos de 14 anos, divulgados nesta terça-feira (11), não diferem do que a adolescente já havia afirmado em depoimento. Segundo ele, “disparo acidental” refere-se a casos em que não há acionamento de gatilho, e não foi o que aconteceu.

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Rabaneda afirmou que a adolescente admitiu em seu depoimento que o gatilho foi acionado. “Nunca foi cogitado na investigação que o disparo tenha ocorrido no momento da queda do case de armazenamento das armas, tendo sido afirmado por B. de O. C. [a adolescente que atirou] que o evento ocorreu quando ela já se encontrava completamente em pé. Exatamente por esta razão o laudo de balística afirma que “o termo de declarações não cita que a arma AFQ1 produziu tiro em decorrência da queda”, afirma o advogado.
 
Para o responsável pela defesa dos Cestari, os laudos divulgados não afirmam que a adolescente tenha atirado intencionalmente. “A constatação do laudo de local de fato de que o disparo ocorreu a pequena distância e de maneira frontal, ao contrário do que sugerido em algumas publicações, não diverge da disposição fática do evento relatada por B. de O. C.”, completou.
 
Segundo ele, ainda, a defesa está analisando os laudos, e há “imprecisões” às quais serão pedidos esclarecimentos. Rabaneda ainda afirmou que também foram concluídos os laudos nos celulares, e foi concluído que as duas adolescentes tinham “boa relação” e “não foi localizado dados referentes a qualquer intriga ou desavença”.
 
“A exposição indevida do caso tem gerado especulações e conclusões precipitadas. Os vazamentos seletivos de informações sigilosas não se prestam a contribuir na elucidação dos fatos, servindo apenas para direcionar a opinião pública a cogitar uma versão distorcida dos fatos em apuração”, lamentou o advogado.
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