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Empresário confessa pagamento de propina a prefeito; gestor fugiu da cidade ao saber de operação

Da Redação - Wesley Santiago

O empresário Nélio de Matos Júnior confessou ter pago propina ao prefeito do município de Rondolândia, Agnaldo Rodrigues de Carvalho, para que sua empresa fornecesse serviços de plantão médico na cidade. Durante cumprimento de mandados em agosto, o gestor  fugiu da cidade ao perceber a movimentação dos policiais.

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Preso nesta quarta-feira (30) pelo Grupo Operacional do Núcleo de Ações de Competência Originária (Naco – Criminal), com auxílio do Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco), o prefeito é acusado de suposto crime de corrupção, que também teria sido cometido pela ex-secretária de Saúde do município, Katia Monteiro.

No mês de agosto, durante cumprimento de mandados de busca e apreensão policiais do Naco e do Gaeco conseguiram apreender com Nélio de Matos Júnior, uma agenda e anotações constando a "contabilidade" da propina que era paga, bem como comprovantes de depósitos feitos em contas correntes de terceiros indicados pelo prefeito e pela ex-secretária. 

Segundo o delegado Rodrigo Azem, que comanda o Grupo Operacional do Naco, depois de ser apreendido todo esse material o empresário resolveu confessar o esquema criminoso.

"Ele não teve como negar que pagava a propina desde o início do contrato que foi firmado entre a empresa dele e a prefeitura, embora, muita coisa ele deixou de revelar, porém estamos apurando tudo", afirmou. 

Na ocasião em que os mandados de busca e apreensão foram cumpridos, segundo ele, o prefeito Agnaldo Rodrigues de Carvalho fugiu da cidade ao perceber a movimentação dos policiais em Rondolândia. Na sua casa foram apreendidos não apenas documentos, mas, também armas e munições irregulares.

A ordem de prisão preventiva foi do desembargador Marcos Machado, atendendo ao pedido formulado pelo coordenador do Naco, procurador de Justiça Domingos Sávio de Barros Arruda, com base nas provas colhidas em inquérito policial.

De acordo com a ordem judicial, a prisão preventiva ocorrida nesta quarta feira busca garantir a ordem pública, evitar a reiteração criminosa, assegurar a aplicação da lei penal e, também, por conveniência da instrução criminal.

Segundo o coordenador do Naco, procurador de Justiça Domingos Sávio de Barros Arruda, o inquérito policial deverá ser encerrado com a prisão e o interrogatório do prefeito e de outras pessoas envolvidas no esquema. Depois disso, no prazo máximo de quinze dias, será apresentada a denúncia criminal contra os envolvidos perante o Tribunal de Justiça.

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