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Juiz determina retirada de tornozeleira de suposto membro de organização criminosa de Arcanjo

Da Redação - Vinicius Mendes

O juiz Jorge Luiz Tadeu Rodrigues, da 7ª Vara Criminal de Cuiabá, determinou o cumprimento de uma decisão do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT), pela retirada da tornozeleira eletrônica de Augusto Matias Cruz. O réu chegou a ser preso  na Operação Mantus, suspeito de integrar a Colibri, organização criminosa de jogo do bicho que seria liderada por João Arcanjo Ribeiro.
 
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A defesa de Augusto Matias da Cruz havia feito pedido de extensão de decisão. O TJMT determinou, no último mês de setembro, a retirada da tornozeleira eletrônica de Giovanni Zem Rodrigues, genro de João Arcanjo Ribeiro e também apontado como um dos líderes da Colibri. De acordo com as investigações, o cargo de Augusto seria de supervisor/recolhedor.
 
O Tribunal de Justiça concedeu a extensão requerida através de habeas corpus e no último dia 16 a 7ª Vara Criminal determinou o cumprimento da decisão. O magistrado citou que foi revogada “única e exclusivamente, a medida cautelar referente ao monitoramento eletrônico”.
 
Mantus

 
As investigações iniciaram em agosto de 2017, conseguindo descortinar duas organizações criminosas que comandam o jogo do bicho no Estado de Mato Grosso, e que movimentaram em um ano, apenas em contas bancárias, mais de R$ 20 milhões. Uma das organizações é liderada por João Arcanjo Ribeiro e seu genro Giovanni Zem Rodrigues, já a outra é liderada por Frederico Muller Coutinho.
 
Durante as investigações, foi identificada uma acirrada disputa de espaço pelas organizações, havendo situações de extorsão mediante sequestro praticada com o objetivo de manter o controle da jogatina em algumas cidades.
 
Os investigadores também identificaram remessas de valores para o exterior, com o recolhimento de impostos para não levantar suspeitas das autoridades. Foram decretados os bloqueios de contas e investimentos em nome dos investigados, bem como houve o sequestro de ao menos três prédios vinculados aos crimes investigados.
 
Os suspeitos vão responder pelo crime de organização criminosa, lavagem de dinheiro, contravenção penal do jogo do bicho e extorsão mediante sequestro, cujas penas somadas ultrapassam 30 anos.
 
No total, foram expedidos 63 mandados judiciais, sendo 33 de prisão preventiva e 30 de busca e apreensão domiciliar, expedidos pelo juiz da 7ª Vara Criminal da Comarca de Cuiabá, Jorge Luiz Tadeu.
 
Confira abaixo os nomes e as funções dos integrantes das organizações criminosas:
 
ELLO (FMC)
 
Frederico Muller Coutinho (‘Dom’): líder
Indinéia Moraes Silva (‘Jones’): gerente financeira
Dennis Rodrigues de Vasconcelos (‘James’): gerente comercial
Kátia Mara Ferreira Dorileo: assessoria de gerência comercial e esposa de Dennis
Madeleinne Geremias de Barros (‘Mady’): assessoria de gerência financeira
Glaison Roberto Almeida da Cruz: gerente em Rondonópolis
Werechi Maganha dos Santos: gerente em Campo Verde
Patrícia Moreira Santana: responsável pelo caixa em Campo Verde
Laender dos Santos Andrade: suporte e captação de clientes em Rondonópolis
Edson Nobuo Ybumoto: gerente em Tangará da Serra
Bruno Almeida dos Reis: supervisor da baixada cuiabana
Eduardo Coutinho Gomes (‘Dudu’): apoio operacional/suporte
Marcelo Conceição Pereira: recolhedor/suporte
Alexsandro Correia (‘Alex’): supervisor de Cuiabá
Haroldo Clementino Souza: recolhedor/suporte
João Henrique Sales de Souza: recolhedor
Rosalvo Ramos de Oliveira: supervisor
Tulio de Tal (não identificado): recolhedor
Adrielli Marques: recolhedora
Ronaldo Guilherme Lisboa dos Santos: recolhedor
 

COLIBRI
 
João Arcanjo Ribeiro: líder
Giovanni Zem Rodrigues: líder
Noroel Braz da Costa Filho: assessoria de Arcanjo
Mariano Oliveira da Silva: gerente no norte de Mato Grosso
Adelmar Ferreira Lopes: assessoria de Mariano no norte de Mato Grosso
Sebastião Francisco da Silva (‘Coco’ ou ‘Tião’): responsável em Juara
Marcelo Gomes Honorato: recolhedor e suporte
Agnaldo Gomes de Azevedo: gerente em Tangará
Paulo Cesar Martins: supervisor/recolhedor
Bruno Cesar Martins: recolhedor
Bruno Cesar Aristides Martins: recolhedor
Augusto Matias Cruz: supervisor/recolhedor
José Carlos de Freitas (‘Freitas’): gerente em Cáceres
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