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Juiz mantém prisão de bando que matou homem que tentava impedir roubo a lava jato

Da Redação - Vinicius Mendes

O juiz Jorge Luiz Tadeu Rodrigues, da 7ª Vara Criminal de Cuiabá, manteve a prisão preventiva de cinco acusados pelo latrocínio praticado contra Adriano Figueiredo de Oliveira, morto ao tentar impedir um roubo a lava jato em Cuiabá em janeiro de 2019. O magistrado considerou a gravidade do delito. A decisão é do último dia 3, mas foi publicada no Diário de Justiça desta terça-feira (24).
 
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A ação penal proposta pelo Ministério Público de Mato Grosso contra Juliano Rondon do Vale Silva, Elian Silva Bispo de Campos, Jose Igor Rodrigues dos Santos, João Alves da Rosa e Pablo Augusto Almeida do Nascimento se encontra conclusa para sentença. Os acusados ainda estão presos.
 
O juiz considerou que os fundamentos que basearam a prisão preventiva dos acusados se encontram presentes, portanto, a segregação cautelar ainda se faz necessária, ante a existência da materialidade dos crimes imputados e veementes indícios de autoria.
 
“O Des. Orlando de Almeida Perri, ao julgar o habeas corpus impetrado pelos acusados Elian Silva Bispo de Campos, Jose Igor Rodrigues dos Santos e João Alves da Rosa, consignou que ‘a gravidade concreta do delito, caracterizada pelo modus operandi empregado pelos pacientes na execução do crime, é fundamento hábil para manutenção da segregação cautelar deles’”, citou.
 
O magistrado disse que a medida visa garantir a ordem pública, considerando a gravidade da conduta imputada a casa um dos acusados, havendo a necessidade de interromper as atividades ilícitas da organização criminosa que eles, supostamente, integram.
 
“À gravidade concreta do delito, consubstanciada na existência de organização criminosa voltada à prática dos crimes de latrocínio e posse, ou porte de arma de fogo, de uso restrito, reforça a imprescindibilidade da medida extrema da prisão preventiva. Além disso, é de conhecimento popular que, mesmo reclusos, os integrantes de organizações criminosas, como no caso em comento, continuam figurando nos quadros da facção criminosa, de modo que o delito de organização criminosa imputado aos acusados possui natureza permanente”.
 
Por verificar que não foi apresentado fato novo que justificasse a alteração, o juiz manteve a prisão preventiva de Juliano Rondon do Vale Silva, Elian Silva Bispo de Campos, Jose Igor Rodrigues dos Santos, João Alves da Rosa e Pablo Augusto Almeida do Nascimento.
 
O caso
 
O assalto registrado em um lava jato no bairro Consil, em Cuiabá, matou uma pessoa baleada durante o mês de janeiro de 2019.
 
Três homens portando uma arma amarraram o dono do lava jato para tentar roubar carros do estabelecimento. Um veículo modelo Chevrolet S-10 era o alvo, porém, estava quebrado. Os envolvidos então resolveram levar um automóvel modelo Volkswagen Gol.
 
Durante a ação, um morador da região, que transitava pelo local para fazer sua caminhada matinal, avistou o crime e tentou impedir, utilizando uma pedra. Ele foi baleado pelos bandidos na região do peito. A vítima foi identificada como Adriano Figueiredo. Após a fuga dos envolvidos, o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foi chamado e levou a vítima ao Pronto-Socorro Municipal de Cuiabá.
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