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Notícias / Criminal

Relatório cita ex-secretários e procuradora por supostas irregularidades na cessão de servidoras a Selma

Da Redação - Arthur Santos da Silva/ Max Aguiar

A delegada Ana Cristina Feldner produziu relatório apontando possíveis crimes na contratação de servidoras supostamente a pedido da juíza aposentada, Selma Arruda. Assim como a magistrada, entre os envolvidos estão os ex-secretários de Segurança, Rogers Elizandro Jarbas e Gustavo Garcia, além da procuradora de Justiça Ana Cristina Bardusco. Relatório é datado do dia 13 de setembro.

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As informações foram reveladas em inquérito que investiga Jarbas por envolvimento em interceptações telefônicas ilegais, caso conhecido como Grampolândia Pantaneira. Na investigação, houve quebra do sigilo telefônico de Jarbas, revelando outros fatos que podem configurar crimes.
 
Consta dos autos que, no ano de 2016, Jarbas determinou a nomeação de Ismaela de Deus Souza Teixeira. Em um segundo momento, Ismaela foi substituída por Mônica Furtado de Oliveira. Ambas trabalharam, de forma irregular, no gabinete da Sétima Vara Criminal, em que Selma era titular. Não havia Acordo ou Termo de Cooperação entre a Secretaria de Segurança Pública e o Poder Judiciário, permitindo a cessão de Servidores.
 
No caso de Ismaela, mesmo trabalhando na Sétima Vara Criminal, folhas de ponto dos meses de setembro, outubro, dezembro de 2016 e janeiro, fevereiro, abril e maio do ano de 2017, consta a assinatura da promotora de justiça, Ana Cristina Bardusco, como chefe imediata. Bardusco era ligada ao Comitê Interinstitucional de Recuperação de Ativos (CIRA).
 
Além de Ismaela e Mônica, investigação também revela que pessoa identificada como Raiza Correia Lindorfer também atuou irregularmente na Sétima Vara Criminal. O então Secretário de Segurança Pública, Gustavo Garcia (substituto de Jarbas), ficou responsável por assinar sua folha referente ao período em que Raiza  trabalhou com Selma.
 
Ana Cristina Feldner determinou compartilhamento de documentos produzidos com a Corregedoria da Polícia Civil para conhecimento e deliberação dos crimes, em tese, de falso testemunho, prevaricação e apuração de falsidade ideológica do delegado Gustavo Garcia.
 
Há ainda pedido para compartilhamento de informações com a Corregedoria do Tribunal de Justiça para instruir procedimento já instaurado em face da juíza aposentada, Selma Arruda.
 
A delegada enviou cópia ao Ministério Público para conhecimento e análise sobre supostos atos de improbidade, bem como outras providências que julgarem necessárias.
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