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Notícias / Criminal

Alvo da Operação Coverage, Paccola será julgado em processo sobre adulteração de registros de armas

Da Redação - Arthur Santos da Silva

Vara Especializada em Justiça Militar realizará no dia três de novembro julgamento em processo contra o vereador de Cuiabá, Marcos Paccola, tenente-coronel da Polícia Militar. Condenações pretendidas pelo Ministério Público em processo proveniente da Operação Coverage versam sobre falsidade ideológica e inserção de dados falsos em sistema de informações. O MPE ainda levantou a possibilidade de que seja decretada a exclusão do militar. Paccola ganhou destaque na mídia por ter matado o agente do Sistema Socioeducativo Alexandre Miyagawa.

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No caso, inaugurado em 2019, também foram denunciados o 2º tenente Cleber de Souza Ferreira, o tenente Thiago Satiro Albino, o tenente-coronel Sada Ribeiro Ferreira e o 3º sargento Berison Costa e Silva. 

Consta na denúncia, que os oficiais militares utilizaram-se de seus cargos e funções de relevância para fomentar esquema criminoso voltado à adulteração de registros de armas de fogo, mediante falsificação documental e inserção de dados falsos em sistema informatizado da Superintendência de Apoio Logístico e Patrimônio da Polícia Militar. 

Uma das armas de fogo que teve o registro adulterado, adquirida por um dos denunciados, segundo o Ministério Público, teve como objetivo ocultar a autoria de sete crimes de homicídios, sendo quatro tentados e três consumados, ocorridos entre os anos de 2015 e 2016, praticados pelo grupo de extermínio conhecido como “Mercenários”. 

Conforme alegações finais do Ministério Público, Paccola e Cléber de Souza Ferreira devem ser condenados pela prática do delito de falsidade ideológica. Ambos, previamente ajustados, incorreram na prática delituosa de inserção de declaração falsa em documento público utilizando-se do sistema informatizado conhecido como SIRGAF (Sistema de Registro e Gerenciamento de Armas de Fogo da Superintendência de Apoio Logístico e Patrimônio). 

Além de condenação por falsidade ideológica, o MPE defende que Paccola, Cleber de Souza Ferreira e Berison Costa e Silva seja condenado por inserção de dados falsos em sistema de informações.

Após o trânsito em julgado da sentença penal condenatória, o órgão de acusação requer a remessa de cópias da ação penal ao Procurador-Geral de Justiça, visando eventual oferecimento de representação pela perda de posto e patente, com a consequente exclusão dos militares Cléber de Souza Ferreira e Marcos Eduardo Ticianel Paccola. 
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