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Justiça troca administrador de recuperação judicial de gigante do agronegócio

Da Redação - Ulisses Lalio

Cássio Luís Furim que é juiz da 1ª Vara Cível de Lucas do Rio Verde (354 KM de Cuiabá), manteve o processo de recuperação judicial do empresário do agronegócio, Leandro Mussi tramitando na comarca. Mussi tentava transferir o processo para o fórum de Diamantino (xxx). A empresa possui dívidas de R$ 300 milhões e a decisão foi proferida no último dia (21).

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Além da permanência do processo em Lucas, o juiz também nomeou um novo administrador judicial do processo de recuperação. O administrador é um especialista que atua em parceria com o Judiciário e acompanha e é responsável por gerir a empresa durante o processo de recuperação judicial.

De acordo com o magistrado e tendo em vista que o administrador judicial deve ser o de confiança do juízo, “tenho por adequado substituir o atual nomeado, sem lançar no momento qualquer juízo de valor ou desvalor, mas por priorizar quem melhor pode atender ao magistrado que, em primeiro grau, é o reitor do processo e o competente para tal escolha”, disse em sua decisão.

Samir Hammoud Advogados, de Cuiabá, que era o administrador antigo foi substituído pela  Empresa Mariene Medeiros de Oliveira.

No último dia 14 de setembro, os desembargadores que compõem a Primeira Câmara de Direito Privado do Tribunal de Justiça (TJMT), já haviam enviado o processo de recuperação judicial do empresário do agronegócio, Leandro Mussi, da comarca de Diamantino, para a cidade que se situa a sede do grupo, em Lucas do Rio Verde.

De acordo com a relatora do caso, desembargadora Nilza Maria Pôssas de Carvalho, não há dúvidas de que o domicilio de Mussi é da cidade luverdense. "O próprio agravado informa, em Imposto de Renda, ser produtor rural com domicilio em Lucas do Rio Verde, cidade que o mesmo tem o seu escritório de gestão em uma das principais avenidas da cidade há mais de 15 anos, estando ali situada às fazendas denominadas Faveiro e Set", pontuou em trecho de seu voto.

Crise no campo - O processo também mostra que o empresário possui um empréstimo de US$ 30 milhões (o equivalente a R$ 157 milhões na cotação atual). Em decorrência da dívida, Mussi alegou que foi prejudicado pela alta da moeda e que enfrentou problemas climáticos que afetam a safra 2015/2016. "Sofreu execuções, arrestos, multas, vencimentos antecipados de parcelas futuras dentre outras despesas que foram agravadas na safra de 2015/2016, a produção de soja e as safrinhas de algodão e milho foram afetadas, gerando grande escassez dos respectivos produtos elevando-se o preço de mercado e por conseguinte, impondo um pesado whashout' (recompra) dos contratos feitos de maneira antecipada”, narra sua defesa no processo.
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