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Notícias / Criminal

Juiz mantém prisão de suposto integrante de organização acusada de misturar areia a cargas milionárias de soja

Da Redação - Arthur Santos da Silva

O juiz Jean Garcia de Freitas Bezerra, da Sétima Vara Criminal, negou pedido de liberdade em face de Alexandre Neves Padilha, um dos alvos da operação Grãos de Areia, que apontou suposto esquema de furto e adulteração de grãos de soja e milho com mistura de areia em produtos que seriam exportados.

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Segundo investigação,  grupo criminoso desviou, aproximadamente, nove mil toneladas de soja e farelo de soja entre os meses de janeiro e março de 2021, com valor estimado de R$ 22,5 milhões em produto subtraído em apenas três meses.
 
Em seu pedido de liberdade, Padilha afirmou ser inadequado e desproporcional a manutenção do mandado de prisão, “em face do mínimo contexto probatório no tocante à materialidade e autoria”. Defesa aponta ainda ser cabível a imposição de medidas cautelares diversas da prisão.
 
Em sua decisão, magistrado salientou que há contundentes indícios de que a operação desmantelou organização criminosa, portanto crime permanente, destinada à subtração e adulteração de produtos agrícolas, cujos desdobramentos persistiam até o decreto prisional. Assim, não há que se falar em ausência de contemporaneidade.
 
“Ante o exposto, encontrando-se presentes as circunstâncias fáticas que justificaram a prisão preventiva do representado, não havendo alteração a ensejar sua revogação, nos termos do art. 316 do CPP, indefiro o pedido de revogação de prisão preventiva de Alexandre Neves Padilha”.
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