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Inquérito investiga se cemitério de crianças indígenas está sendo utilizado por fazendeiros para atividades agropecuárias

Da Redação - Arthur Santos da Silva

Ministério Público Federal (MPF) em Cáceres, por meio do procurador de Justiça Bernardo Meyer Cabral Machado, instaurou inquérito civil para apurar possível dano a sítio arqueológico da etnia Chiquitanos, área destinada ao enterro de crianças conhecida como "cemitério dos anjinhos".

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Conforme publicação no Diário Oficial do Ministério Público desta quinta-feira (10), inquérito civil pretende apurar se a área está sendo utilizada para atividades agropecuárias pelo proprietário da Fazenda "Estrelinha da Fronteira".

'Resolve instaurar INQUÉRITO CIVIL converter o expediente nº 1.20.001.000041/2021-81 para "apurar possível dano à sítio arqueológico e vilipêndio à memória dos componentes da etnia Chiquitanos, em razão de a área destinada ao enterro de crianças da comunidade conhecida como 'cemitério dos anjinhos' - ser, em tese, utilizada para atividades agropecuárias pelo proprietário da Fazenda 'Estrelinha da Fronteira''.
 
Conforme o instituto Socioambiental, o povo Chiquitano foi constituído a partir de uma variedade de grupos indígenas aldeados no século XVII pelas missões jesuíticas. Habitantes da região de fronteira entre Brasil e Bolívia, foram compulsoriamente envolvidos em conflitos políticos e diferenças culturais decorrentes de uma divisão territorial. A grande maioria desse povo está na Bolívia.
 
Ainda segundo o instituto Socioambiental, os que moram no Brasil têm sido explorados como mão-de-obra barata por fazendeiros, os quais também representam uma ameaça constante de invasão aos poucos territórios que lhes restam.

Confira mais informações no site Instituto Socioambiental
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