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​Cattani se antecipa, processa vereadora que relata ameaças e pede indenização de R$ 50 mil por calúnia

Da Redação - Arthur Santos da Silva

O deputado estadual Gilberto Cattani (PL) abriu processo nesta quinta-feira (31) em face da vereadora em Cuiabá, Maysa Leão (Republicanos), apontando supostos atos de calúnia, injúria e difamação. Há pedido de indenização em valor não inferior a 40 salários-mínimos, o que corresponde a mais de 50 mil. Liminarmente, o parlamentar estadual também requer a exclusão de postagens feitas pela vereadora.

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Segundo os autos, no dia 10 de agosto, Cattani e Maysa participaram, como convidados, de um podcast. Três dias depois, o deputado publicou em seu Instagram trecho de 1 minuto e 5 segundos do programa. Na peça, os entrevistados discutem sobre castração de estupradores.
 
“O presidente Jair Bolsonaro é, fez um projeto de lei que pede a castração química do estuprador né, você acha bacana?”, questiona Cattani no Podcast. A vereadora responde: “eu acho que a gente precisa estudar”.
 
Maysa então vem argumentando que o trecho publicado sofreu edição, deturpando sua fala, fazendo o ouvinte crer que a vereadora defende estupradores.  Relata ainda que comentários nas postagens de Cattani ameaçam prática de estupro contra ela e alguns de seus familiares. Por fim, Maysa diz que pediu que a postagem fosse apagada, mas foi ignorada.
 
No processo, Cattani relata que não editou o que é dito no podcast. Afirma ainda que a “vereadora tem meios para contatar o deputado pelo gabinete em seus números oficiais, e mesmo assim, não fez, limitando-se a dizer ‘que tentou falar pelas redes sociais’, deixando evidente que sua intenção não era a de excluir/censurar comentários negativos, mas sim, de atacar, odiosamente, a reputação do deputado”.
 
“Ao afirmar que eu permiti que terceiros desejassem praticar crimes contra Vossa Excelência e sua filha, que eu difamei sua atuação política e que eu deturpei a sua fala, a Vereadora está atribuindo a este Deputado conduta da qual não praticou”, diz trecho da ação.
 
Ao final, Cattani requer a condenação da vereadora, sendo “fixado valor mínimo de indenização pelos danos morais causados pela querelada, no valor de 40 (quarenta) salários-mínimos vigentes”. O montante pedido supera R$ 50 mil. 
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